Na última terça-feira (11), o Circuito Penedo de Cinema recebeu integrantes do Projeto Colab Sururu, coordenado por Aldemir Conrado, da Associação Pestalozzi de Maceió (Unidade Aline de Moraes), localizada no Vergel do Lago. O encontro foi marcado por momentos de interação e troca de experiências. A ação é fruto de uma parceria entre o curso de Turismo da Ufal – Campus Penedo, a Associação Pestalozzi e o próprio Circuito de Cinema.

O grupo é formado por estudantes com deficiência física, intelectual e múltipla, além de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Síndrome de Down. Acompanhados de familiares e colaboradores da Pestalozzi, eles participaram de uma imersão no universo cinematográfico. O grupo fez uma visita ao Centro de Convenções e Eventos de Penedo, local onde ocorrem as mostras Infantil e Ambiental e, também participaram de uma atividade com a equipe de produção do Circuito.

Um dos momentos mais marcantes foi o bate-papo inspirador com o ator Alexandre Barillari, que compartilhou sua trajetória e revelou curiosidades dos bastidores do cinema. Os visitantes também conheceram mais sobre a história do cinema brasileiro e compreenderam o trabalho coletivo que existe por trás das câmeras, uma experiência única, que despertou novos sonhos em cada participante.

Para Samyra Martins, educadora popular do Projeto Colab Sururu, a reação dos participantes foi de pura emoção, “conhecer de perto o Circuito de Cinema, que até então parecia distante da realidade deles, foi emocionante. Ver o brilho nos olhos de cada um dos nossos estudantes do Colab Sururu, e o orgulho de estarem ali participando foi, sem dúvida, inesquecível”.

Ela também destacou o poder do cinema como uma ferramenta de inclusão social, “o cinema abre portas para o mundo e constrói pontes entre realidades. Ao oferecer acesso à arte e cultura de maneira inclusiva, o cinema possibilita que pessoas com deficiência sejam vistas e ouvidas. Mais do que entretenimento, o cinema é uma economia que gera trabalho e renda para muitas famílias”. Segundo ela, a experiência do Circuito fez com que todos pudessem se enxergar no cinema, não apenas como espectadores, mas também como diretores, produtores e artistas.

A presença do grupo no Circuito reafirma que o direito à arte e à cultura deve ser universal, e que a inclusão se constrói quando todos e todas têm acesso aos mesmos espaços, oportunidades e experiências.

Samyra afirma que a vivência trouxe transformações significativas, “esses momentos despertam o sentimento de autonomia, pertencimento e confiança nos nossos estudantes, mostrando que são capazes de ocupar novos espaços e de acreditar em suas potencialidades. Para o público em geral, é uma oportunidade de refletir sobre a importância da diversidade, da inclusão e do papel social da arte cinematográfica”, conclui.

Desde 2015, o Circuito Penedo de Cinema mantém serviços de acessibilidade voltados à inclusão de pessoas com deficiência, garantindo que todos os públicos se sintam parte das atividades e da experiência cinematográfica.

Sobre o Circuito

A 15ª edição do Circuito Penedo de Cinema acontece entre os dias 10 e 16 de novembro. O evento é promovido pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), pelo Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult-AL), e pelo Instituto de Estudos Culturais, Políticos e Sociais do Homem Contemporâneo (IECPS). Conta ainda com o patrocínio da Prefeitura de Penedo, do Sebrae e do IMA. E apoio da Mistika, DOT, Fórum dos Festivais, Cardume, Fredyart, Super Connect e da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

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