Palmeira dos Índios (AL) — A morte do adolescente Lincoln Gabriel Pereira da Silva, de 16 anos, durante uma ação da Polícia Militar no último sábado (3), mobilizou a sociedade civil e gerou forte comoção pública. Em resposta, a Ordem dos Advogados do Brasil – Subseção Palmeira dos Índios publicou, nesta segunda-feira (5), uma nota oficial se solidarizando com a família da vítima e exigindo rigor e transparência nas investigações.

Assinada pela presidente da subseção, Dra. Mariane Garrote, pela vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos, Dra. Elba Ramalho, e pelo presidente da Comissão de Defesa da Criança e do Adolescente, Dr. Wesllen Lima, a nota afirma que a OAB local está atuando de forma incisiva no acompanhamento do caso.

No mesmo dia, os representantes da instituição realizaram uma visita ao Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) de Palmeira dos Índios. Durante a reunião com o comandante do 10º Batalhão da PM, Tenente-Coronel Carlos Alberto, e o Capitão Emanoel, foi firmado um compromisso de que as investigações seguirão “com imparcialidade, base técnica e estrita observância à legalidade”.

A OAB enfatizou seu compromisso com o devido processo legal, a proteção dos direitos fundamentais, especialmente de crianças e adolescentes, e reafirmou que acompanhará o desenrolar das investigações de perto, cobrando das autoridades envolvidas uma atuação transparente e respeitosa às garantias constitucionais.

A morte de Lincoln Gabriel, considerado por amigos e familiares um jovem trabalhador e sem envolvimento com criminalidade, gerou revolta nas redes sociais e levantou sérias acusações contra a conduta dos policiais envolvidos na ação. Áudios compartilhados por uma tia da vítima e por amigos próximos indicam que o jovem não estava armado e teria sido perseguido e executado de forma covarde.

A atuação da OAB visa garantir que o caso não seja arquivado sem respostas e que os eventuais responsáveis sejam identificados e responsabilizados na forma da lei.