Cidades
Ministério Público exige explicações sobre substituição do Hotel Jatiúca
O Ministério Público Estadual (MPE) de Alagoas estabeleceu um prazo de 15 dias para que a Prefeitura de Maceió e a Construtora Record prestem esclarecimentos sobre o controverso projeto imobiliário que prevê a demolição do icônico Hotel Jatiúca. O empreendimento de luxo proposto levanta preocupações significativas com relação ao impacto ambiental e urbanístico, especialmente sobre a Lagoa da Anta, área de relevante valor ecológico e cultural.
Após a aquisição do hotel ser tornada pública, a falta de transparência quanto aos detalhes do projeto causou alarde na comunidade local e entre especialistas. Com receios de uma possível "selva de pedras" em substituição à estrutura atual, o MPE agiu prontamente, notificando os envolvidos para que justifiquem a iniciativa.
Especialistas ouvidos pela imprensa de Maceió expressaram temor quanto a danos irreparáveis à Lagoa da Anta, alertando para a necessidade de estudos de impacto ambiental e urbanístico aprofundados. Alder Flores, advogado e ex-secretário de Meio Ambiente de Maceió, enfatizou a importância de processos legais como audiências públicas para avaliar tais projetos.
A responsabilidade de assegurar a conformidade com as leis ambientais e urbanas recai sobre a Prefeitura e os órgãos ambientais, cuja aprovação é indispensável para o avanço do projeto. A Construtora Record, por sua vez, defende que o novo espaço promoverá uma evolução no turismo local, embora detalhes específicos da proposta permaneçam sob sigilo.
Com a preservação da identidade da região em jogo, a iniciativa é agora objeto de escrutínio por parte da Promotoria de Justiça de Urbanismo, que, sob a liderança do promotor Jorge Dória, sinalizou medidas para prevenir impactos adversos à ordem urbanística.
O arquiteto e urbanista Dilson Ferreira, residente na região, manifestou sua apreensão diante da potencial transformação da área, sublinhando o valor patrimonial da Lagoa da Anta como um dos últimos vestígios naturais na linha costeira de Maceió.
O Ibama e o Ministério Público Federal também foram notificados para atuar no caso, embora ainda não tenham emitido posicionamento oficial. A comunidade aguarda, ansiosa por respostas que poderão definir o futuro de um dos mais conhecidos cartões-postais da cidade.
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