Agentes da Slum e da Sempma apontam para carga contaminante armazenada fora das bombonas. Foto: Fernando Coelho (Ascom/Slum)

Duas denúncias anônimas levaram o Departamento de Fiscalização da Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió a identificar o flagrante de descarte e armazenamento inadequado de resíduos em dois hospitais de Maceió. A ação foi realizada na manhã desta sexta-feira (18), em conjunto com agentes de fiscalização da Secretaria de Proteção ao Meio Ambiente.

Na ação, a Slum flagrou uma carga de aproximadamente três toneladas de resíduos infectantes mal armazenadas no Hospital do Açúcar. “Tivemos a informação de que a coleta não ocorre na unidade hospitalar desde a segunda-feira. Isso gerou um acúmulo, com os sacos fora das bombonas, que é o modo correto de armazenar esse tipo de material”, explicou Carlos Tavares, coordenador de fiscalização da Slum. “Foi confirmado com a direção que não há o recolhimento em função de problema financeiro da unidade, mas se comprometeu a regularizar a situação”.

O hospital recebeu uma notificação para que no prazo de 24 horas seja apresentado o documento que comprova a coleta e a destinação correta dos resíduos por empresa licenciada. Já no caso da Sempma, a situação gerou uma auto de infração.

Lixo infectante

Já no Minipronto Socorro Assis Chateaubriand, no Tabuleiro, foi encontrada, na última quinta-feira, a quantidade de aproximadamente 500 kg de lixo infectante misturado ao lixo comum. “Nós notificamos, demos o auto de infração, e eles fizeram a coleta do material imediatamente”, informou o coordenador da Slum. Os dois episódios geraram aplicação de multa por parte da Sempma.

No caso do Hospital do Açúcar, a situação se agrava, pois se trata de um caso de reincidência. “Ambos foram atuados por disposição inadequada de lixo contaminante”, esclareceu José Soares, coordenador de fiscalização da Sempma. “Em casos de reincidências, há a possibilidade de interditarmos o espaço de armazenamento. E a cada auto de infração reincidente, o valor da multa aumenta”.

A Prefeitura de Maceió está atenta e confirma que, a qualquer momento, pode deflagrar operações de fiscalização deste tipo para que unidades de saúde de diversos tipos cumpram o que diz a lei no tocante ao descarte de resíduos.