Brasil
Haddad espera que acordo entre Mercosul e União Europeia seja aprovado ainda este ano
O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, declarou nesta quarta-feira (3) que há expectativa de que o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE) seja aprovado antes do final de 2025, mesmo em um cenário internacional marcado por tensões comerciais e mudanças geopolíticas.
"Diante do que está acontecendo no mundo, a União Europeia tem todos os motivos para fechar o acordo com o Mercosul, e o Mercosul com a UE, inclusive por razões geopolíticas", afirmou Haddad a jornalistas em Brasília.
A declaração ocorreu após a Comissão Europeia apresentar uma proposta para destravar o processo de aprovação do acordo, que enfrenta resistência de alguns países europeus, principalmente em relação à abertura do setor agrícola, marcado pelo protecionismo diante da alta competitividade do produto brasileiro. O plano inclui salvaguardas para produtos sensíveis e um fundo de 6,3 bilhões de euros (R$ 40 bilhões) destinado a apoiar agricultores europeus.
Em negociação há mais de 20 anos, o acordo pode ampliar ao Brasil o acesso de exportações industriais e agrícolas para um mercado com mais de 700 milhões de consumidores. Contudo, pressões de países como a França tem travado o avanço das negociações.
A Itália também tem mostrado resistência e chegou a afirmar que aprova o acordo somente com as garantias aos agricultores locais.
"Essas salvaguardas adicionais incluem, como a Itália solicitou ativamente nos últimos meses, um mecanismo de monitoramento e intervenção rápida em caso de perturbações de preços, inclusive no nível de Estados-Membros individuais, o fortalecimento dos controles fitossanitários em mercadorias recebidas, para garantir total conformidade com os padrões e regulamentos da UE", declarou o governo italiano.
Apesar disso, Haddad destacou que uma maior integração entre América do Sul e Europa enviaria um sinal positivo de cooperação em meio às crescentes disputas comerciais globais. "Vejo com muito otimismo e acredito que a Europa caminhará nessa direção", afirmou o ministro.
Caso avance, o acordo ainda precisará ser aprovado pelo Parlamento Europeu e ratificado pelos Estados-membros do bloco, além dos cinco países sul-americanos que compõem o Mercosul: Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia.
Por Sputinik Brasil
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