Os Otacílios de Palmeira
Palmeira dos Índios, uma cidade de tantas histórias e sonhos, hoje parece se ver em um cenário de crateras não só no asfalto, mas também na dignidade de seus cidadãos. Entre buracos nas ruas deixados pela Águas do Sertão, um sistema de saúde precário e um comércio que pesa no bolso de uma população já vulnerável, surge a questão: quantos Otacílios existem em Palmeira?
Esses "Otacílios" são as pessoas comuns, subjugadas a cumprir ordens ríspidas de gestores que deveriam servir ao público com respeito. É a juventude sem perspectiva, é o trabalhador que aceita empregos miseráveis para simplesmente sobreviver, enquanto os problemas da cidade continuam a se acumular. Com 71 mil habitantes, dos quais 41 mil dependem do Bolsa Família, fica claro o quanto a cidade carece de oportunidades e investimentos reais.
E não é apenas uma questão de recursos, mas de postura. Quando um cidadão simples aborda a prefeita pedindo uma lâmpada para iluminar um posto de saúde e é tratado com descaso, isso simboliza o distanciamento entre quem governa e quem é governado. A cidade não pode prosperar enquanto seus moradores forem apenas "pau mandados", obrigados a engolir ordens e condições precárias.
Esse texto é um chamado para que Palmeira dos Índios repense seu futuro. Que os "Otacílios" de hoje se tornem cidadãos empoderados amanhã, que a população exija respeito e que os líderes sejam eleitos para servir e não para serem servidos. Porque só com essa mudança de mentalidade e de atitude é que a cidade poderá sair do ciclo de descaso e finalmente trilhar um caminho de progresso e dignidade.
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