Cala a boca general
Não é recomendável que o comandante do Exército externe suas interpretações acerca da possibilidade de as eleições serem questionadas após o atentado que vitimou Jair Bolsonaro (PSL). O general Eduardo Villas Boas , contudo, fez mais que isso em entrevista esta semana. Também criticou uma suposta ingerência do Comitê de Direitos Humanos da ONU e tachou de “pior cenário” aquele de “termos alguém sub judice, afrontando tanto a Constituição como a Lei da Ficha Limpa”, em alusão ao caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Cabe apenas ao Judiciário, respeitando o devido processo legal, arbitrar sobre os argumentos da apelação do líder petista. Por seu turno, o resultado de eleições transcorridas dentro das regras, como acontece rigorosamente desde 1989, legitima-se automaticamente.
Às Forças Armadas, bem como às demais organizações do Estado, cumpre acatar as decisões soberanas das cortes e das urnas. Esse fato da ordem democrática recomendaria às autoridades que lideram segmentos da administração um silêncio reverencial sobre o que é competência de outras instâncias.
Numa disputa já bastante tensa, em que houve tentativa de assassinar um candidato, esse debate não conduz a lugar nenhum.
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