Quem tentou no dia de ontem, 09, chegar ao comércio de Maceió encontrou sérias dificuldades por conta do protesto realizado pelos carroceiros em frente à Praça dos Martírios.

A lembrar que o protesto foi contra um abaixo-assinado – divulgado e que está na internet – para impedir a circulação de carroças nas ruas de Maceió.

A proposta é defendida pelo delegado Leonan Pinheiro, responsável pela Delegacia de Roubos e Crimes Ambientais, e que se intitula ainda como “defensor dos animais”.

“O presente abaixo assinado não visa prejudicar os carroceiros, mas trazer à tona a desnecessidade de veículos de tração animal quando temos, atualmente, a tecnologia a nossa disposição. Podemos presenciar, não raras vezes, o tratamento cruel empregado aos cavalos, os quais levam chicotas, abandonados na chuva e muitas vezes desnutridos e cheios de feridas. Não podemos fechar os olhos para tamanha barbárie”, diz parte do texto do abaixo-assinado.

Pinheiro pede também, segundo postagens em suas (dele) redes sociais, o ‘encerramento da atividade dos carroceiros em Alagoas devido aos maus-tratos feitos contra esses animais’.

“Presenciando diversas torturas aos animais, mais especificamente aos cavalos, que são utilizados como transporte de carga pesada pelos carroceiros. Por isso, na tentativa de proteger os animais e lutar pela proibição de carroças de tração de animais, venho fazer esse apelo a vocês, a fim de que assinem o abaixo assinado e compartilhem com o máximo de pessoas”, escreve o delegado.

Porém, após o protesto que prejudicou milhares de alagoanos pegos de surpresas com o fechamento de acesso ao centro da capital alagoana, a proposta do delegado já começa perdendo força nos legislativos (Câmaras Municipais) e, inclusive, na Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE).

A questão foi levantada hoje, 10, em sessão ordinária na Casa de Tavares Bastos, mas o apoio à causa de Leonam Pinheiro e contra os carroceiros, segundo o que apurou o Blog Kléverson Levy, não são vistos com “bons olhos” pelos parlamentares.

É uma discussão ampla, que deve ser debatida bastante, antes mesmo de se tornar Lei. Afinal, é bem provável que não passe (neste momento) pela aprovação da ALE.

Apesar de quase oito (8) mil assinaturas pelo abaixo-assinado, os Carroceiros que pararam Maceió, em reação contra a proposta do delegado, ganharam apoio de parlamentares em Alagoas.