O Governo do Estado de Sergipe anda divulgando a construção de mais novos 5 shoppings no Estado - 2 na capital, que somado aos outros dois já existentes, o RioMar e o Jardins, totalizarão quatro Centros Comerciais na Capital,  e três no interior -, em um ano em que a crise econômica  assola o país de norte a sul, o Estado de Sergipe, aparentemente, saiu na frente para a construção de uma sociedade economicamente mais forte. Isso, entretanto, é apenas uma ilusão. Aracaju continua com os problemas de sempre: a locomoção urbana continua sendo o grande problema que a população enfrenta e, nem tão cedo, será solucionada (as horas no trânsito, embora menores que cidades maiores como São Paulo e Rio de Janeiro, é um problema para a capital sergipana, em especial para o escoamento de mão-de-obra e da produção), o transporte coletivo lista também entre os piores problemas para o trabalhador e, ainda assim, sem resolvê-los, o Governo anuncia investimentos que se de um lado são benéficos para que a economia não pare por outro demonstra apenas que o governo não atende às necessidades básicas da população - hospitais com construções inacabadas, escolas sem a devida atenção, ruas e avenidas precisando de melhorias e uma centena de outros problemas inerentes à administração pública estadual e municipal são latentes e visíveis na região metropolitana. E ainda há quem, inocentemente, acredite que o turismo e o consumo, por si só, são suficientes para desenvolver o Estado nesse período crítico? O interior já possui o Avelã, shopping de Nossa Senhora da Glória, e o Prêmio, shopping de Nossa Senhora do Socorro, que  indicam não satisfazer a demanda uma vez que cidadãos das duas cidades recorrem aos da Capital para atividades simples, como ir ao cinema. O problema de Sergipe está na administração alicerçada em grandes obras da construção civil, que pouco influencia na vida do trabalhador, e que, não raro, tornam-se ou elefantes brancos ou ícones eleitoreiros. Com esse anúncio, temos que perguntar: Esses novos shoppings, que impactarão negativamente no meio ambiente e na planta municipal de Aracaju, beneficiará a quem?

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