Conheci o Dr. Ivan Barros quando de minha passagem pela Promotoria Criminal de Palmeira dos Índios. Sua boa fama de jurista e orador de primeira grandeza o precedia.

As petições que subscrevia em defesa da liberdade de acusados eram construídas em português castiço e conteúdo jurídico agudo, profundo e de beleza peculiar.

Um homem gentil, sem gentilezas. Sabia a importância da boa postura e a firmeza do advogado diante do promotor de Justiça e do magistrado.

Proveniente de uma família de bons oradores do Tribunal de Júri e, por isso, desde cedo treinado para entrar em transe, estado emocional atingido por poucos causídicos, não me sentia preparado para enfrentá-lo na arena.

Dr. Ivan Barros é um orador completo, consegue harmonizar a voz, gutural, os gestos, as pausas respiratórias, o caminhar e o raciocínio retilíneo, é o perfeito orador em transe, espécie em franca extinção no Brasil.

Dr. Ivan Barros é dotado de cultura enciclopédica, além de formidável memorialista. O homem que não conhece a história e seus vultos tem um futuro sombrio.

A memória do Dr. Ivan Barros é imprescindível para Alagoas. A sociedade da Palmeira dos Índios é detentora de um verdadeiro tesouro de humanismo, de rara ocorrência.

Dr. Ivan Barros é o rio da aldeia de Alberto Caeiro.

Fui Procurador-Geral de Justiça por dois períodos e recebia com frequência os livros lançados pelo Dr. Ivan Barros de inquestionável valor literário e jurídico.

Em resposta à bela crônica que me enviaste, caro amigo Vladimir Barros, eu só tenho palavras para atestar a verdade e a beleza do texto, além de acrescentar que o Dr. Ivan Barros, também promotor de Justiça, é um primus inter pares.