“ Tratar a História Eclesiástica é mover-se também por concepções eclesiológicas e antropológicas. Os recortes epistemológicos realizados pelo autor e os cuidados metodológicos tomados pelo mesmo com grande acuidade revelam uma obra de grande pujança e de grande relevo para a posteridade”.Professor  Dr. Anderson de Alencar Menezes.

Chegou-me às mãos exemplar do belíssimo 14º livro do filósofo, teólogo, historiador-escritor Álvaro Queiroz com lisonjeira dedicatória: “ Ao proficiente economista Laurentino Veiga, aguerrido presidente da Associação Alagoana de Imprensa”.Homem culto, amigo leal, e, sobretudo, um dedicado pesquisador a serviço da Igreja Católica Apostólica Romana alagoana.

Nesse sentido, trouxe a lume Notas de História da Igreja nas Alagoas composto pela Edufal, trezentas e cinquenta e uma páginas bem escritas, recheadas de fotos de seu acervo pessoal de figuras proeminentes, a saber: primeiro templo da Assembleia de Deus; D. Fernando Publiesi , bispo da ICB em Alagoas; Lar Batista Marcolina Magalha~es, importante obra social da Igreja Batista nas Alagoas; Túmulo do Menino Petrúcio , no Cemitério São José, em Maceió; Beatos da Vila São Francisco, que dão continuidade à obra do Beato Francisco assassinado em 1954; Linda Mascarenhas, uma das pioneiras de Acão Católica e primeira dama do teatro alagoano; Lourival de Mello Mota, intelectual e político católico alagoano; D. Avelar Brandão Vilela, clérigo alagoano elevado à dignidade de Cardeal da Santa Igreja e Arcebispo Primaz do Brasil, em Salvador Bahia; Cônego Teófanes Augusto de Barros, considerado o maior educador das Alagoas; D. Dulcênio de Matos; D. Epaminondas de Araújo 9 1678/1984);D. Otávio Aguiar ( 1962/1978); Dom Valério  Breda; Dom Frei Constantino  Luers ( 1976/1994); d. José  Terceiro de Sousa( 1958/1975);Dom Frei  Felício da Cunha ( 1949/1957);Dom Fernando Gomes dos Santos ( 1943/1949);Dom Jonas de Araújo Batinga ( 1918/1940);D. José Carlos ( 2002/2006); São João Paulo II; D. José  Lamartine; D. Miguel Câmera( 1976/1984);D. Adelmo Machado ( 1963/1976).

Pesquisa acurada a respeito das temáticas a seguir: Primeira Parte: Antes da Fundação da Diocese das Alagoas ( até 1900); Pré-História da Igreja: As expressões religiosas dos povos alagoíndios e afroalagoanos; Capítulo II: O movimento missionário católico entre os alagoíndios ( 1596/1787); As Carmelitas: O Ciclo Sertanejo; Os Jesuítas; Os capuchinhos; A Igreja e a escravidão dos africanos; Os afroalagoanos e o catolicismo; A religião no Quilombo dos Palmares; O clero e o movimento abolicionista; Catolicismo guerreiro; A guerra holandesa; A guerra dos Palmares; Marcas do catolicismo guerreiro; Manifestações religiosas do Laicato católico; Irmandades e Ordens Terceiras; Ermitães; Beatas, rezadeiras e benzedeiras; Santos instituídos pelo povo; O Santo Padre Bernardo; As freguesias; O clero; Capuchinhos; Evolução da Jurisdição Eclesiástica; Diocese de Salvador; Diocese de Pernambuco;

Dir-se-ia que o professor Álvaro é, sem dúvida alguma, o maior/melhor historiador das Alagoas. Escreveu dezenas de livros com muita propriedade.Merece, pois, encômios pela sua atuação quer como mestre do   Ifal, Campus de Satuba, quer como historiador autêntico nas suas pesquisas científicas.

In Memoriam dedicou a obra em epígrafe, ao mestre amigo Monsenhor  José Luiz Soares que, por sinal, lhe ensinou a gostar de História da Igreja. Trata-se, portanto, de consideração aquele que o ensinou História propriamente dita católica. Felicito-o pelo documento histórico e, ao mesmo tempo, almejo que brotem novos livros de sua excelsa inteligência.Por fim, recomendo às novas gerações a lerem esse livro que tive  o privilégio de receber um exemplar. VIVA A HISTÓRIA DA IGREJA !