Gabriela Silva / Ascom Seprev

O Sistema Socioeducativo de Alagoas realizou, nos dias 4 e 5 de dezembro, o último ciclo de audiências concentradas de 2025, promovido pela 1ª Vara Criminal da Capital – Infância e Juventude. Ao longo do ano, a Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev) viabilizou a participação de 107 adolescentes e jovens em cumprimento de medidas socioeducativas.

A iniciativa faz parte do programa Fazendo Justiça, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e tem como objetivo dar mais celeridade aos processos em tramitação no Judiciário. O mutirão reúne promotores de Justiça, defensores públicos, equipes técnicas e familiares dos socioeducandos para reavaliar individualmente a situação de cada adolescente.

O juiz Vinícius Garcia, titular da 1ª Vara Criminal, destaca que as audiências concentradas permitem uma análise mais aprofundada de cada caso.

“Isso possibilita um acompanhamento mais próximo do processo e a definição do melhor encaminhamento para o adolescente dentro da medida socioeducativa. Com a oitiva, as avaliações tornam-se mais consistentes, graças à participação de todos os atores do sistema socioeducativo”, explicou o magistrado.

Segundo Vinícius Garcia, alcançar 107 atendimentos em 2025 representa um avanço expressivo para o Sistema Socioeducativo de Alagoas.

“É um número bastante satisfatório, um aumento em relação ao ano passado, quando tivemos 90 casos, o que já foi significativo. É fundamental que cada vez mais adolescentes sejam contemplados nessas audiências, para que possamos avaliar com mais qualidade o processo socioeducativo como um todo”, completou o juiz.

O superintendente de Medidas Socioeducativas da Seprev, coronel Marcos Sérgio, reforça a importância da iniciativa e o impacto positivo para os jovens atendidos. Ele ressalta ainda o trabalho contínuo das equipes multidisciplinares, compostas por professores, psicólogos e servidores da secretaria, que acompanham os socioeducandos durante todo o processo.

“As audiências concentradas são de suma importância para a superintendência e, principalmente, para os adolescentes e jovens sob nossa gestão. Por meio da secretaria, garantimos o acesso efetivo a todo o sistema de direitos. A participação de juízes, promotores, advogados e defensores públicos permite uma avaliação individualizada, assegurando que o direito seja plenamente exercido”, afirmou o superintendente.