Alagoas

Base Comunitária da PM reforça segurança e aproximação em escolas do Vergel do Lago

Marília Morais/ Ascom PM-AL 06/11/2025
Base Comunitária da PM reforça segurança e aproximação em escolas do Vergel do Lago
Em 2025, unidade intensificou as atividades com crianças e adolescentes de escolas da região, fortalecendo vínculos e promovendo a segurança pública - Foto: Igor Lessa/ Ascom PM-AL

Segurança e proximidade com a comunidade escolar têm sido prioridades da Base Comunitária de Segurança (BCS) da Polícia Militar de Alagoas, estabelecida no bairro do Vergel do Lago. Em 2025, a unidade intensificou as atividades com crianças e adolescentes de escolas da região, fortalecendo vínculos e promovendo a segurança pública por meio da prevenção. As ações também se estendem a áreas próximas, na parte baixa da capital.

Atualmente comandada pelo sargento Andrey Ramos e vinculada ao 1º Batalhão de Polícia Militar (1º BPM), a BCS Vergel está subordinada à Chefia de Articulação Política de Prevenção da Secretaria de Segurança Pública (SSP). O efetivo é composto por dez militares, que se revezam em turnos para cumprir missões como visitas, reuniões, palestras, eventos e outras atividades comunitárias.

“Um dos princípios da filosofia de Polícia Comunitária é o fortalecimento da confiança entre polícia e comunidade. As bases têm justamente esse papel: fomentar a aproximação e a parceria com os diversos segmentos. Com nosso trabalho, buscamos a resolução de problemas comuns e a participação direta da comunidade, com foco em necessidades específicas. Acreditamos que a sala de aula é um ambiente propício para esse diálogo, por permitir uma atenção especial ao futuro: nossas crianças e adolescentes”, destacou o sargento Ramos.

Nas escolas, de acordo com o calendário de visitas, os policiais militares percorrem as salas de aula, conversam com os alunos e repassam dicas e orientações, conforme a faixa etária do público atendido. Também dialogam com diretores, coordenadores e demais membros da comunidade escolar, buscando informações que possam auxiliar nas ações.

Uma das instituições visitadas no último mês de outubro foi a Escola Estadual Guiomar de Almeida Peixoto, no bairro da Ponta Grossa. A diretora, Karla Lobo, percebeu a mudança no comportamento e a melhora geral das crianças e adolescentes após a presença dos militares.

“Percebemos o quanto essa aproximação ajudou a pacificar o ambiente escolar. Eles interagem durante as palestras, demonstram interesse e respeito pelo trabalho da PM. Chegam a passar dias comentando sobre a visita. Alguns até já manifestaram o desejo de seguir a carreira policial”, contou.

O aluno do 6º ano do Ensino Fundamental, Weslley, de 12 anos, é um dos que celebram quando é dia de visita da PM na escola. “Fico torcendo para que eles venham na minha sala. Gosto muito da Polícia Militar, eles nos dão conselhos bons e nos escutam. Quando crescer, eu vou ser PM”, avisou.

Durante os encontros, as equipes abordam temas como cidadania, convivência no ambiente escolar, relacionamento com os pais e a importância de seguir as regras. Elas aproveitam para divulgar iniciativas da área da Segurança Pública, como o Programa de Proteção à Pessoa Idosa, Disque Denúncia 181 e Na Base do Sossego, que trata sobre a conscientização mediante casos de perturbação do sossego ou trabalho alheio em ocorrências de som alto, por exemplo.

O comandante-geral da PM, coronel Paulo Amorim, reforçou a relevância desse trabalho: “As Bases Comunitárias representam um importante elo entre a Polícia Militar e a sociedade. No Vergel do Lago, as ações desenvolvidas junto às escolas demonstram que a prevenção e o diálogo são ferramentas fundamentais para fortalecer a segurança pública. A atuação integrada das nossas equipes reforça o compromisso da Corporação com a construção de uma cultura de paz e com a formação cidadã das novas gerações”, afirmou.

 

Parceria com o Conselho de Integração Comunitário no bairro

 

Para desenvolver esse trabalho nas escolas, a BCS Vergel do Lago conta com o apoio de integrantes do Conselho de Integração Comunitário estabelecido no bairro. O coordenador do CIC Vergel, Leandro Lino, acompanha as visitas e, representando a comunidade, auxilia nas atividades.

“Os CICs reúnem representantes de órgãos públicos e da comunidade para identificar prioridades e propor medidas que melhorem a qualidade de vida local. Em nossas reuniões mensais, sempre discutimos as demandas e traçamos planos de ação. Foi nesse processo que, juntos, identificamos a importância de levar o trabalho também às escolas”, explicou.

“O que alcançamos com o Conselho foi um total envolvimento em um trabalho desenvolvido de maneira coordenada, onde cada integrante tem o seu papel. Cada vez mais temos conseguido estreitar a relação com a comunidade e, por isso, sempre encontramos soluções viáveis e efetivas diante das dificuldades enfrentadas. O retorno dos moradores é extremamente positivo e essa aproximação dentro das escolas foi muito bem recebida, principalmente pelos pais”, pontuou.

Os CICs são estruturados em territórios que possuem Bases Comunitárias de Segurança (BCSs) e têm caráter consultivo e deliberativo. Atualmente, Alagoas conta com sete Conselhos em funcionamento. Seis em Maceió, nos bairros do Jacintinho e Vergel do Lago, nos conjuntos Selma Bandeira (bairro do Benedito Bentes), Santa Maria e Novo Jardim (Cidade Universitária) e Osman Loureiro (Clima Bom); e um em Pedras, no município de Marechal Deodoro.

Integrantes da Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Secretaria de Prevenção à Violência e SSP formam os CICs como membros natos. Compõem a Diretoria do Conselho oito membros da comunidade, distribuídos nos cargos de presidente, vice-presidente, 1º e 2º secretários e diretores de assuntos comunitários, finanças, comunicação e projetos. Já os membros convidados podem ser do Ministério Público, Programa Ronda no Bairro, Guardas Municipais e de Conselhos Tutelares.

A estruturação dos CICs surgiu em 2012, após cinco anos da implantação do Policiamento Comunitário, em 2007, em Alagoas. As bases desta filosofia trabalham o foco nas causas da criminalidade e não apenas nas consequências. O modelo valoriza a parceria entre poder público e sociedade, construindo soluções conjuntas para a segurança e o bem-estar local.