Com uma notável crescente, o mercado imobiliário alagoano tem ultrapassado fronteiras e chamado a atenção de um público específico: o europeu. Munidos de gostos próprios e demandas a serem supridas, residentes de países como Portugal tem procurado nos imóveis de Alagoas uma forma de lucrar e conquistar uma independência para aposentadoria.

Dados do Índice FipeZAP de agosto de 2025 apontam que o preço médio dos imóveis residenciais na capital alagoana chegou a R$ 9.653 por metro quadrado, registrando alta de 8,61% nos últimos 12 meses. Entre os bairros, a Pajuçara aparece como o metro quadrado mais caro da cidade, seguido de Jacarecica, Ponta Verde e Jatiúca.

A internacionalização do mercado imobiliário em Alagoas vem sendo impulsionada pelo crescente interesse de investidores estrangeiros atraídos pelas belezas naturais do estado, pelo potencial turístico e pelas oportunidades de valorização dos empreendimentos locais. Com praias paradisíacas, infraestrutura em expansão e um custo de vida competitivo em relação a outros destinos litorâneos do país, Alagoas se consolida como um polo estratégico para a compra e venda de imóveis por estrangeiros, especialmente em cidades como Maceió e Maragogi.

O Boletim da Migração de 2024 mostra que de janeiro a setembro de 2024, imigrantes investiram R$ 283,2 milhões em imóveis no Brasil. Esse movimento contribui não apenas para o aquecimento do setor imobiliário, mas também para o fortalecimento da economia regional e a integração do estado em um cenário global de investimentos. Foi com essa temática que ocorreu, nesta terça-feira (04), uma reunião junto a Associações das Empresas do Mercado Imobiliário em Alagoas (Ademi-AL) e a franqueados da RE/MAX Imobiliária, com foco nos planos para serem colocados em prática a partir de 2026.

O encontro foi destaque para o master franqueado regional da RE/MAX, Miguel Santos, que destacou o esforço de buscar parcerias para internacionalizar, mas também de olhar para o mercado brasileiro. “A RE/MAX é a empresa que tem maior capilaridade em todo o mundo, estando em 117 países, o que facilita nesse processo de internacionalizar o produto alagoano. Além disso, Alagoas é extremamente interessante, não só para vender para fora, mas também para o público interno, que tem potencial de compra de imóveis já que há muitas regiões no Brasil sem praia. Então acreditamos nas duas vertentes, com cerca de 80% dos compradores de produtos de praia estando no Brasil, o que atrai grandes taxas de ocupação no ano”, ressalta.

De acordo com o presidente da RE/MAX Portugal, Manuel Alvarez, o mercado brasileiro e alagoano é mais evoluído do que o do país europeu. “O volume de construção que existe por aqui e o tamanho das torres é algo que não estamos acostumados. São milhares as vendas de apartamentos, o que torna os incorporadores do Brasil com experiência e, portanto, mais sapiência deste negócio”, destaca.

O esforço em trazer investidores da Europa também conta com a parceria da Ademi, que há anos realiza um trabalho institucional voltado para esse tema. Segundo o superintendente da Ademi, Everaldo Figueiredo, o objetivo é promover o Destino Alagoas ainda mais fortemente em 2026 para atrair investidores europeus ou brasileiros que estão no estrangeiro.

“É algo que gera economia e garante até mesmo uma renda para quando esse investidor desejar se aposentar. O trabalho da nossa associada RE/MAX é importante porque estaremos aproximando também o nosso construtor e o nosso empreendimento de um mercado lá fora que estamos há 15 anos sem ter uma participação institucional. A RE/MAX não só leva os produtos daqui para lá, mas traz experiência e conhecimento do mercado de outros países para os corretores que integram a imobiliária”, especifica.

Ainda de acordo com o superintendente, o turismo é uma das principais fontes de renda da economia alagoana. Assim, quando o governo busca melhorar a malha aérea, a infraestrutura e a segurança, soma forças para os produtos ofertados em solo alagoano. “Isso desperta no investidor de que ele terá um belo empreendimento em uma boa região. O conjunto de esforços de todas essas instituições, junto com bancos financiadores, agências de fomento e iniciativa privada só engrandece ainda mais o estado”, pontua.

Entre os pontos que vêm atraindo os olhares para Alagoas, a CEO da RE/MAX Portugal, Beatriz Rubio, ressalta a segurança para poder internacionalizar. “Acho que Alagoas fornece a condição precisa e perfeita, enquanto outras localidades do Brasil possuem algumas limitações. O ponto chave é saber transmitir que há cidades tranquilas, com praias maravilhosas e que tem segurança. Além disso, o fator cambial também é interessante, já que sai mais barato comprar no Brasil para quem ganha em euro. Para isso é preciso nos unir para privilegiar os interesses da região”, conta.

Como parte da programação, houve ainda o ‘Max Day’, evento que aconteceu na segunda-feira (03), no Corais Beach Club, em Ipioca, com o objetivo de reunir franqueados e corretores da RE/MAX de Alagoas e Sergipe. Na oportunidade, as melhores franquias foram contempladas com o reconhecimento, além da realização de sorteios.

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