Alagoas

Hospital da Criança de Alagoas proporciona primeiro banho de sol a paciente com síndrome rara

Após nove anos entre internações, Hadassah Santos, de 9 anos, vivencia experiência inédita graças à equipe multidisciplinar do HCA, em Maceió

Nataly Lopes / Ascom Hospital da Criança de AL 05/11/2025
Hospital da Criança de Alagoas proporciona primeiro banho de sol a paciente com síndrome rara
Equipe multidisciplinar acompanha paciente Hadassah no primeiro banho de sol - Foto: Nataly Lopes

Após nove anos vivendo entre hospitais, Hadassah Santos, de 9 anos, pôde sentir pela primeira vez os raios do sol. O momento foi proporcionado pela equipe multidisciplinar do Hospital da Criança de Alagoas (HCA), em Maceió. A criança possui uma síndrome rara e outras comorbidades.

Hadassah nasceu com a Síndrome de Edwards, também conhecida como trissomia do cromossomo 18, uma condição genética causada por uma cópia extra desse cromossomo. A síndrome provoca atrasos no crescimento físico, deficiência intelectual e múltiplas anomalias físicas e de órgãos. Além disso, a paciente apresenta malformações que afetam ossos, músculos, articulações e sofre de insuficiência respiratória crônica.

A menina nasceu na Maternidade Escola Santa Mônica (Mesm), em Maceió, e permaneceu por um longo período na ala pediátrica do Hospital Geral do Estado (HGE). Segundo a mãe, Savana Santos, o primeiro banho de sol foi um momento emocionante para toda a família e para a equipe do hospital.

“Viemos para cá há cerca de um mês. São nove anos vivendo entre hospitais e, hoje, foi maravilhoso. A equipe do Hospital da Criança levou minha filha para tomar banho de sol e foi muito emocionante. Estou muito feliz. Sempre dizia: ‘Meu Deus, quando será que minha filha vai ver o sol?’ E hoje nos proporcionaram esse momento tão especial”, relatou a mãe, emocionada.

A supervisora da reabilitação do Hospital da Criança de Alagoas e fisioterapeuta, Ivana Rocha, acompanha a trajetória de Hadassah desde a internação no HGE.

“Ela é dependente de ventilação mecânica. Realizamos um tratamento paliativo em crianças com a mesma condição para proporcionar mais qualidade de vida e uma assistência mais humanizada. Esse momento é o mínimo que podemos fazer, e temos uma equipe preparada para isso”, destacou a profissional.