O policial penal alagoano Onésimo Albuquerque teve seu artigo intitulado “Laborterapia: uma realidade no sistema prisional de Alagoas na reintegração dos egressos e seus efeitos epistemológicos” publicado no livro “Polícia Penal em Foco”. A obra reúne reflexões de mais de 30 policiais penais do Brasil, que analisam os desafios e a evolução da Polícia Penal na defesa da sociedade e na construção de um sistema de justiça mais integrado.

O livro aborda aspectos relevantes do sistema de segurança e o papel da Polícia Penal na manutenção da ordem, tanto dentro como fora dos presídios. A publicação reforça que o sistema prisional deve ser visto além da função de encarceramento, sendo parte ativa no combate ao crime organizado.

No artigo, Onésimo Albuquerque ressalta a importância da laborterapia para a reintegração dos apenados à sociedade e destaca as iniciativas promovidas pela Secretaria de Estado da Ressocialização e Inclusão Social (Seris).

“Polícia Penal em Foco” também apresenta uma abordagem humanizada dos profissionais que atuam em ambientes de alta pressão, propondo uma reflexão sobre o trabalho que contribui de forma efetiva para a segurança pública.

Com 19 anos de atuação como policial penal, Onésimo reflete sobre o papel da laborterapia nos presídios, não apenas como uma “válvula de escape” durante o cumprimento da pena, mas, principalmente, como uma ferramenta catalisadora para que o reeducando possa pagar por seu crime e, sobretudo, reaprender a conviver em sociedade e consigo mesmo.

Atualmente gestor do Centro de Telepresença do sistema prisional, José Onésimo já teve o mesmo artigo publicado em 2022 na biblioteca digital do Sistema Único de Segurança Pública (Susp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Ele afirma que escrever é um prazer e pode servir de estímulo para que outros colegas também compartilhem suas experiências.

“Tratei de vários pontos, especialmente sobre a importância do módulo do trabalhador para a transformação do reeducando como pessoa, assim como sobre a laborterapia como ferramenta e processo de transformação. O reeducando sai de um modelo convencional, deixa o ambiente hostil e passa a ter acesso a estudos, oficinas e trabalho, sendo também visto de forma diferente pela família”, detalha Onésimo Albuquerque.