Alagoas

Estagiárias da Seduc levam mini-documentários sobre cultura e arte urbana à Bienal do Livro de Alagoas

Ana Flávia Oliveira / Ascom Seduc 03/11/2025
Estagiárias da Seduc levam mini-documentários sobre cultura e arte urbana à Bienal do Livro de Alagoas
Apresentação ocorre na mostra “Um Olhar sobre Maceió”, no próximo dia 08 - Foto: Ascom PC

Duas estagiárias da assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) terão seus trabalhos apresentados na 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas, reforçando o protagonismo estudantil e a valorização da pesquisa e da produção cultural. Yasmin Henrique e Ana Luíza Ambrózio participam da mostra “Um Olhar sobre Maceió”, com mini-documentários que exploram tradições artesanais e a arte urbana como formas de resistência e identidade.


Moda entre-redes: valorizando a renda Filé




O mini-documentário de Yasmin Henrique, estagiária da Ascom/Seduc, “Moda entre-redes”, mergulha na tradição da renda Filé no Pontal da Barra, berço dessa expressão artesanal alagoana. A produção acompanha filezeiras de diferentes gerações e um estilista local, mostrando a história, a técnica e os desafios enfrentados para manter essa tradição viva.


“Percebemos que muitos alagoanos desconhecem o Filé, não associam o nome à renda. Espero que passem a conhecer e valorizar esse pedaço da nossa cultura, apreciando a história e o trabalho dessas mulheres”, afirma Yasmin. Ela conta que o processo de produção durou três semanas de gravação e mais uma de edição, e que a experiência expandiu sua visão sobre comunicação, tirando-a da zona de conforto e mostrando que é possível contar histórias também pela lente da câmera.


Cidade Riscada: a arte urbana como memória e resistência




Ana Luíza Ambrózio, também estagiária da Ascom, assina “Cidade Riscada”, que transforma o grafite em memória, protesto e identidade social. A produção acompanha artistas de Maceió, mostrando a cidade por meio de seus muros e o grafite como expressão de resistência.


“O projeto começou como uma avaliação da faculdade, mas ganhou significado próprio. Queríamos quebrar estigmas e mostrar que a arte urbana é voz, memória e pertencimento”, explica Ana Luíza. Para ela, apresentar o documentário na Bienal é uma emoção única: “É ver um trabalho acadêmico ganhar vida e espaço em um evento tão importante. Esperamos que o público enxergue o grafite como arte legítima, que fala sobre dor, resistência e pertencimento.”


Mostra “Um Olhar sobre Maceió”


Coordenada pela professora Gabriela Palmeira, do curso de Comunicação Social da Universidade Federal de Alagoas (COS-UFAL), a mostra reúne nove mini-documentários, com duração entre 5 e 15 minutos, além de fotografias em preto e branco, que exploram temas sociais, culturais e urbanos de Maceió. O projeto integra as disciplinas Oficina de Produção Audiovisual e Sociologia Geral e da Comunicação, promovendo o diálogo entre universidade e sociedade.


A mostra acontece no dia 8 de novembro de 2025, na Sala Siriguela, Centro de Convenções de Maceió, das 14h às 17h, com entrada gratuita. O evento reúne produções audiovisuais e fotográficas de jovens comunicadores, promovendo reflexão e diálogo sobre temas sociais, culturais e urbanos. 


Entre os documentários que compõem a mostra estão “Mulheres na Feira”, “Futebol Feminino em Alagoas: desafios e conquistas nos gramados”, “Vozes do Concreto”, “Rosa Mossoró: a herdeira da boemia”, “Retratos da Monte Pio”, “Onde os mortos não têm vez” e “Lembrar é Resistir: Alagoas nos anos de Ditadura”, que abordam questões como resistência feminina, diversidade, memória histórica e desigualdade social