A Itália registrou a sétima morte provocada pela febre do Nilo Ocidental no país desde o início do ano, todas elas ocorridas no mês de julho.

Trata-se de um idoso de 68 anos e residente em Trentola Ducenta, na Campânia, região do sul italiano que contabiliza três óbitos pela doença em 2025. Segundo fontes sanitárias, o paciente morreu na noite da última segunda-feira (28), em um hospital de Aversa.

As mortes se concentram nas províncias de Caserta, na Campânia, e Latina, no Lazio, e as vítimas eram todas pessoas idosas com comorbidades.

A febre do Nilo Ocidental (nome que faz referência à região da África onde foi descoberta) tem origem tropical e é transmitida por mosquitos, cuja circulação tem aumentado na Itália e na Europa como um todo. Um dos motivos para isso é a crise climática, que tem provocado verões mais longos e intensos no continente.

O vírus não é transmitido de pessoa para pessoa, mas existe uma pequena possibilidade de contágio via transfusão de sangue.

Na maioria dos casos, os pacientes sofrem somente sintomas leves, mas a doença pode ser perigosa para indivíduos frágeis, como idosos, imunossuprimidos ou com patologias crônicas.

Nas situações mais graves, os sintomas incluem febre alta, cefaleia intensa, fraqueza muscular, desorientação, tremores, distúrbios na visão, convulsões e coma. Também existe o risco de efeitos neurológicos permanentes.

O governo da Itália, no entanto, assegura que o andamento da doença em 2025 está em linha com os últimos anos. Em 2024, o país totalizou 460 casos, 272 deles com sintomas neurológicos, e 20 óbitos.