“Numa sociedade racista, não basta não ser racista. É preciso ser antirracista”. A conhecida frase da filósofa Ângela Davis se tornou um símbolo na luta contra a discriminação racial no Brasil, reforçando a importância de se fortalecer o debate sobre o tema. E nada melhor do que desenvolver ações com esse objetivo no ambiente escolar, a fim de que todos compreendam o alcance da cultura antirracista na sociedade atual.

Nesse sentido, as secretarias de Estado da Educação (Seduc) e da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh) lançam na próxima quarta-feira (08), às 9h,  o projeto “RAÇA - Rede de Aprendizagem e Ação para uma Cultura Antirracista”, cujo objetivo é desenvolver e implementar práticas educacionais que promovam o antirracismo, reforçando o enfrentamento a toda e qualquer forma de preconceito. O lançamento acontecerá no auditório do Centro de Inovação do Polo Tecnológico, em Maceió, reunindo estudantes e gestores escolares, além das secretárias Roseane Vasconcelos (Seduc) e Maria Silva (Semudh).

Segundo a superintendente de Desenvolvimento da Educação Infantil e Políticas Educacionais da Seduc, Fabiana Dias, a principal finalidade do projeto é estabelecer uma rede de aprendizado contínuo, por meio da qual ações práticas e educativas possam ser desenvolvidas para combater o racismo de maneira efetiva e sustentável. Ela reforça que a iniciativa decorre de um esforço coletivo que pretende fomentar uma cultura de inclusão e respeito mútuo, essenciais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

“Será um verdadeiro marco. Afinal, é de extrema importância incentivarmos a inclusão e a conscientização para uma sociedade que combata o preconceito. Teremos uma rede de gestores com foco nesse aprendizado, e ações que apontem para a raiz do problema, evitando, assim, quaisquer formas de preconceito, serão fundamentais não apenas para a formação das próximas gerações, mas também para que tenhamos adultos com outra mentalidade”, ressalta a superintendente.

Inicialmente, o projeto contará com a participação direta de estudantes de nove escolas da rede pública estadual, cujos gestores também irão passar por capacitações.

“Trata-se de uma formação de liderança escolar, um fortalecimento dessa liderança frente à inclusão racial. Nosso projeto foi desenhado para subsidiar os gestores, para formá-los conforme as mais variadas habilidades. Todos, portanto, vão adquirir o conhecimento necessário para atuar diante de qualquer circunstância, já que trabalharemos a diversidade cultural e étnica, as maneiras de se combater o racismo, entre outras situações. Tudo voltado à promoção da equidade”, reforça Fabiana, destacando também a parceria com o Instituto Guetto.

ver

ver

ver