Em abril, de acordo com o Indicador de Demanda do Consumidor por Crédito da Serasa Experian, Alagoas foi o estado do Nordeste com o maior tombo na busca pelo recurso financeiro. Na comparação com o mesmo mês de 2022, a queda foi de 30,6%. A Bahia ficou em segundo lugar, com retração de 29,6%. Confira no gráfico abaixo os dados completos:

Amapá é destaque dentre as demais regiões brasileiras

Na análise por Unidade Federativa (UF), o indicador também registrou quedas por todo o Brasil. O maior tombo ficou para o Amapá, que caiu 36,2%. Em sequência estavam o Rio de Janeiro (-33,7%), Roraima (-31,4%), Alagoas (-30,6%) e Pará (-29,6%). Confira no gráfico a seguir as informações completas:

Retração no cenário nacional

Os dados do Indicador de Demanda dos Consumidores por Crédito da Serasa Experian mostraram uma queda de 24% em abril na comparação com o mesmo mês de 2022. Essa foi a quarta baixa consecutiva de 2023 e a mais expressiva do ano. Confira no gráfico abaixo os dados completos mês a mês:

Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, a cautela do consumidor em relação à tomada de crédito deve se manter enquanto a inflação continuar em alta, junto com a taxa de juros e a inadimplência. “O cenário financeiro segue desafiador para grande parte da população, desacelerando o uso das linhas de crédito, recurso que já não estava sendo usado para grandes investimentos, com o encarecimento da Selic. Agora, com os altos níveis de negativação, não há incentivo ao consumo nem para pequenas compras”.

Todas as faixas de renda registraram baixa na procura por crédito

Desde os consumidores que recebem até R$ 500 mensais e tiveram a baixa mais expressiva, até os que ganham mais de R$ 10 mil, todas as faixas de renda marcaram retração na demanda por crédito. Veja os dados na íntegra na tabela abaixo:

Metodologia do indicador

O Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito é construído a partir de uma amostra significativa de CPFs, consultados mensalmente na base de dados da Serasa Experian. A quantidade de CPFs consultados, especificamente nas transações que configuram alguma relação creditícia entre os consumidores e instituições do sistema financeiro ou empresas não financeiras, é transformada em número índice (média de 2008 = 100). O indicador é segmentado por região geográfica e por classe de rendimento mensal.