Alagoas

UPAs mantidas pelo Estado já somam mais de 21 mil atendimentos pediátricos em 2023

As seis unidades ligadas à Sesau atendem por classificação de risco nas modalidades de pediatria, clínica e ortopedia, 24 horas por dia

Bia Alexandrino 14/05/2023
UPAs mantidas pelo Estado já somam mais de 21 mil atendimentos pediátricos em 2023
Estado conta com seis UPAs que foram construídas com recursos próprios e são gerenciadas pelos municípios - Foto: Olival Santos

No primeiro quadrimestre deste ano, as seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) mantidas pela Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau) realizaram 21.823 atendimentos pediátricos. Desse total, 2.535 atendimentos foram na UPA Jaraguá, 1.004 na UPA Jacintinho, 2.862 na UPA Tabuleiro do Martins, 11.558 na UPA Cidade Universitária, 3.864 na UPA Chã da Jaqueira e 6.045 na UPA Arapiraca.

Uma das mais de 21 mil crianças assistidas neste período de janeiro a abril é a pequena Layla Melissa, de apenas 3 anos de idade, atendida na UPA Jaraguá. Filha caçula de Maryanna Lessa, ela foi levada pela mãe à unidade por conta de uma infecção bacteriana na pele.

"Sempre que preciso eu venho aqui na UPA, porque o atendimento é sempre bom. A Layla já foi atendida em outras unidades do SUS [Sistema Único de Saúde] e, graças a Deus, sempre deu certo, mas o atendimento aqui em Jaraguá é muito bom”, afirmou Maryanna Lessa.

A pequena Layla Melissa, de 3 anos de idade, foi uma das mais de 21 mil crianças atendidas pelas UPAs do Estado no primeiro quadrimestre deste ano
Carla Cleto


Assistência intermediária

Responsável pelo atendimento, a médica Juliana Medeiros explicou que a maioria dos casos pediátricos que chegam às UPAs é de infecções das vias aéreas e doenças de pele, como alergias e escabiose. “É importante destacar que os atendimentos pediátricos exigem um olhar mais minucioso na consulta; uma atenção diferenciada, que às vezes resulta numa demora maior”, esclarece a médica.

Além da pediatria, as UPAs mantidas pela Sesau oferecem atendimentos clínicos e ortopédicos, 24 horas por dia, todos os dias da semana, para resolver a maior parte das urgências. As UPAs prestam assistência intermediária entre a Atenção Básica, cuja responsabilidade é das secretarias municipais de Saúde, e a Alta Complexidade, que são as unidades hospitalares.

O secretário de Estado da Saúde, médico Gustavo Pontes de Miranda, lembra que as UPAs, além de apresentarem altas taxas de resolutividade, ainda ajudam a desafogar a demanda dos hospitais públicos do Estado. “Muitas demandas como hipertensão, febre alta, fraturas, cortes, infarto, derrame e sintomas gripais são resolvidos nas Unidades de Pronto Atendimento. Daí porque, nos últimos anos, o Governo do Estado construiu seis unidades”, salientou o gestor da saúde estadual.

P
rotocolo de Atendimento

A ordem de chegada não é o único critério utilizado para os atendimentos médicos nas UPAs. É necessário observar a gravidade de cada caso e, para isso, utiliza-se o Protocolo de Manchester, que foi criado na década de 1990 e considera alguns parâmetros como intensidade das dores, sinais vitais, sintomas, glicemia e quadro clínico.

Por meio de classificação, o atendimento pode ser imediato, caso o paciente corra risco de morte. No caso de não haver urgência para a prestação da assistência ou não existir risco de morte do paciente, o atendimento pode se dar em até quatro horas ou o usuário pode ser encaminhado para uma Unidade Básica de Saúde (UBS), gerenciada pelo município.

Na ordem crescente de prioridade no atendimento, a cor azul representa os casos menos graves e o atendimento é considerado não urgente, e a cor vermelha representa os casos mais graves e o atendimento é emergente. No momento em que chega à UPA, o usuário passa por uma triagem e, de acordo com o Protocolo de Manchester, ele recebe uma pulseira, que pode ser na cor vermelha, laranja, amarela, verde e azul.