Alagoas

PC diz que não é possível fazer reconstituição do caso da idosa que teve perna amputada por engano

Redação 13/05/2023
PC diz que não é possível fazer reconstituição do caso da idosa que teve perna amputada por engano
Foto: Ascom PC

O delegado Robervaldo Davino, que investiga o caso da idosa que teve a perna amputada por engano no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, disse, nessa sexta-feira, 12, que não é possível fazer uma reconstituição do dia do procedimento, o que ajudaria nas investigações.

Segundo o delegado, para reproduzir o episódio seria necessário fechar a área cirúrgica, e isso inviabilizaria o atendimento dos pacientes. “Não é possível, pois teríamos que fechar a ala inteira”, afirmou o delegado.

Uma equipe da Polícia Civil já esteve no HGE, para uma visita técnica no Centro Cirúrgico, com o objetivo de fazer o reconhecimento do local. “Foi uma visita para entender o funcionamento da área de cirurgia. Estávamos acompanhados pelo diretor geral e pelo diretor médico do hospital”, disse Davino. .

O Chefe de Serviço da PC, o policial Jorge Mendes, explicou que, entendendo como funciona o Centro Cirúrgico do hospital, é possível identificar onde aconteceu o erro, que levou à amputação da perna da idosa.

“Fomos até as salas onde os pacientes aguardam antes da cirurgia”, . Vai haver um croqui desses espaços”, disse Jorge Mendes.

A aposentada Maria José, de 73 anos, era uma paciente ortopédica e aguardava por a cirurgia para corrigir uma fratura no tornozelo. Já a paciente que deveria ter a perna amputada era uma paciente vascular.

De acordo com Mendes, a equipe da PC verificou que os pacientes vasculares e ortopédicos estavam aguardando por cirurgias no mesmo local. “Quem amputou a perna da idosa foi um médico vascular e, na sala de cirurgia, deveria ter um médico ortopédico para avaliar, o que não aconteceu”, disse Jorge Mendes.

Os envolvidos no caso foram ouvidos pela polícia no dia 2 de maio. A direção do HGE informou que a equipe médica, entre eles, um médico vascular, anestesista, circulante (auxiliar de instrumentador) e enfermeira, assumiram a culpa pelo erro. Uma sindicância foi aberta no hospital e cinco profissionais foram afastados.