Excelentes fontes de proteínas e sais minerais, as lagostas são crustáceos bastante apreciados e que possuem valor elevado enquanto produto, entre outros motivos, devido à complexidade que envolve seus processos de criação, pesca e transporte. Por isso, mesmo habitando uma cidade litorânea, muitos maceioenses nunca experimentaram esse famoso fruto do mar.

Esse era o caso da maior parte das crianças integrantes do Projeto Erê, que, nesta quarta-feira (30), aprovaram o alimento depois de experimentá-lo pela primeira vez. As lagostas recebidas pela entidade foram doadas pelo Ibama Alagoas e repassadas pelo Mesa Brasil Sesc, chegando aos pequenos depois de serem preparadas pelas mãos cuidadosas de Joseane dos Santos e Sandra Silva, funcionárias do Projeto Erê.

“Por ser um alimento perecível, temos que garantir que ele chegue às mesas das pessoas atendidas nas melhores condições possíveis”, foi o que disse a nutricionista do Mesa Brasil Sesc, Cláudia Barbosa, ao explicar que um dos critérios considerados para a escolha das instituições que receberiam as lagostas foi a garantia de que as entidades sociais iriam preparar e fornecer as refeições.

Localizado no bairro da Levada, o Projeto Erê desenvolve atividades educacionais e culturais, como aulas de capoeira, percussão e teatro de mamulengos, para crianças e adolescentes da comunidade local. A assistente social do projeto, Luciene Costa, falou sobre a importância da parceria com o Mesa.

“Muitas vezes as crianças chegam aqui sem comer porque suas famílias passam por privação de alimentos, e as doações que recebemos possibilitam que, às vezes, a gente não só alimente as crianças, mas também suas famílias”, relatou.

Ao todo, o Mesa Brasil Sesc recebeu três toneladas de lagostas para serem repassadas a mais de 40 instituições sociais. Os crustáceos foram apreendidos em uma operação realizada pelo Ibama em estabelecimentos nas cidades de Maragogi e Japaratinga.