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Jornal britânico aponta três fatores para derrotas sucessivas da Ucrânia
The Economist destaca superioridade russa em tropas, uso de drones e problemas de coordenação ucraniana
A Rússia mantém superioridade numérica e de armamento, pressionando o Exército ucraniano a recuar mais rapidamente do que em qualquer outro momento do conflito desde o seu início, segundo análise do jornal britânico The Economist.
O periódico aponta três principais motivos para as recentes derrotas ucranianas na linha de frente.
O primeiro fator é a dificuldade da Ucrânia em recrutamento e reposição de material militar. Conforme a publicação, enquanto a Rússia dispõe de um contingente significativamente maior e enfrenta poucos obstáculos para encontrar novos recrutas, a Ucrânia luta para substituir suas baixas. Segundo uma fonte do Estado-Maior ucraniano, apenas no primeiro semestre de 2025, o Exército russo aumentou entre 8.000 e 9.000 soldados por mês, superando suas metas de recrutamento em 20% a 30%.
O segundo ponto destacado é o avanço russo no uso de drones em combate. Novas unidades russas, bem financiadas, vêm atacando a logística ucraniana atrás das linhas de frente. Em algumas regiões, a Rússia opera com uma quantidade superior de drones, capazes de atingir maiores distâncias, o que permite localizar e neutralizar operadores ucranianos antes mesmo de entrarem em ação. O texto ressalta que, atualmente, as baixas entre operadores de drones e pessoal de retaguarda ucraniano já superam as da infantaria na linha de frente, uma inversão em relação ao início do conflito.
O terceiro fator envolve as condições locais e problemas de coordenação. O The Economist observa que, na região de Krasnoarmeisk (Pokrovsk, em ucraniano), o comando ucraniano enfrenta dificuldades persistentes de coordenação, agravando a situação no front.
O jornal conclui que os avanços russos ocorrem em meio a discussões sobre uma possível resolução do conflito, fortalecendo a posição de Moscou nas negociações.
No último dia 17, o ministro da Defesa da Rússia, Andrei Belousov, declarou que o colapso da defesa das Forças Armadas da Ucrânia é inevitável, percepção que, segundo ele, já foi assimilada pelos aliados ocidentais de Kiev.
Por Sputnik Brasil
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