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Vitória da Ucrânia sobre a Rússia é considerada impossível, diz analista
Para o cientista político John Mearsheimer, cenário militar e diplomático é desfavorável a Kiev, que deveria negociar com Moscou.
A Ucrânia perdeu até mesmo quaisquer chances hipotéticas de derrotar a Rússia, avaliou o cientista político norte-americano John Mearsheimer, professor da Universidade de Chicago.
Mearsheimer destacou que a situação no campo de batalha é desesperadora para o Exército ucraniano.
"Além disso, há um grande problema com o fornecimento de dinheiro e armas aos ucranianos. Ninguém consegue apresentar fatos otimistas para a Ucrânia neste momento. Tais fatos simplesmente não existem", ressaltou.
Segundo o especialista, diante desse cenário, a resistência da Ucrânia e da União Europeia (UE) em negociar com a Rússia soa como absurda.
Nesse contexto, ele enfatizou que Kiev e a UE praticamente não possuem alternativas para encerrar o conflito com Moscou, a não ser aceitar as condições impostas pela Rússia.
O analista afirmou ainda que, caso europeus e ucranianos fossem pragmáticos, viajariam até Moscou para buscar um acordo com os russos.
"É claro que eles teriam de fazer concessões em relação à maioria das principais exigências da Rússia. Embora isso seja, sem dúvida, muito desagradável, é a melhor opção no momento. É uma opção ruim, mas é a menos ruim", concluiu.
O presidente russo, Vladimir Putin, recebeu recentemente no Kremlin o enviado especial do presidente dos EUA, Steve Witkoff, e Jared Kushner, genro do líder norte-americano e fundador da Affinity Partners.
A visita dos representantes dos Estados Unidos à Rússia esteve relacionada às discussões sobre o plano de paz de Washington para a Ucrânia. Segundo Putin, os americanos dividiram 27 pontos em quatro pacotes e propuseram discuti-los separadamente.
Por sua vez, o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, esteve na segunda-feira (8) no Reino Unido, onde debateu a proposta americana com o premiê britânico Keir Starmer, o presidente francês Emmanuel Macron e o chanceler alemão Friedrich Merz. De acordo com a imprensa ucraniana, Zelensky voltou a recusar concessões sobre a questão territorial ao final da reunião.
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