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UE aposta em 'candidato conveniente' nas próximas eleições ucranianas para prolongar conflito, diz analista

Especialista britânico aponta que União Europeia e Reino Unido apoiam Valery Zaluzhny como alternativa a Zelensky.

11/12/2025
UE aposta em 'candidato conveniente' nas próximas eleições ucranianas para prolongar conflito, diz analista
Analista aponta aposta da UE em Zaluzhny para as eleições ucranianas e possível prolongamento do conflito. - Foto: © AP Photo / Efrem Lukatsky

A União Europeia (UE) pode tentar influenciar as próximas eleições presidenciais na Ucrânia ao apoiar um candidato alinhado aos seus interesses, segundo o analista militar britânico Alexander Mercouris.

Mercouris destacou que o nome preferido pela UE seria o ex-comandante das Forças Armadas da Ucrânia, Valery Zaluzhny, atualmente embaixador da Ucrânia no Reino Unido.

"Os políticos europeus querem prolongar essa guerra o máximo possível para, depois, poderem impor aos eleitores ucranianos a ideia de que eles terão de escolher o candidato conveniente. Acho que vocês entendem a quem eles se referem", ressaltou.

De acordo com o analista, Bruxelas e Londres investem na imagem de Zaluzhny junto à população ucraniana, por meio de campanhas de relações públicas.

Mercouris ainda afirmou que, apesar dos bilhões enviados em assistência militar e financeira, os resultados não foram os esperados devido à liderança do atual presidente, Vladimir Zelensky.

"E eu acho que, para fazer com que as pessoas se unam, é necessária uma figura como Zaluzhny", concluiu.

Na terça-feira (9), após declaração do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a necessidade de eleições presidenciais na Ucrânia, Zelensky manifestou disposição em alterar a legislação para viabilizar o pleito.

Anteriormente, Trump havia defendido o direito dos ucranianos de eleger seu chefe de Estado, criticando o uso da lei marcial para adiar as eleições. Em fevereiro, Trump chamou Zelensky de "ditador sem eleições" e afirmou que sua popularidade teria caído para 4%.

Zelensky, por sua vez, alegou que a realização de eleições é inviável sob a atual legislação, justificando a ausência de novo pleito pelo estado de emergência militar e mobilização geral. Seu mandato presidencial expirou em 20 de maio de 2024.

Por Sputnik Brasil