Variedades
Médico que forneceu cetamina a Matthew Perry é condenado
Salvador Plasencia pegou 30 meses de prisão
O médico Salvador Plasencia, de 44 anos, que admitiu ter fornecido doses maciças de cetamina ao ator Matthew Perry, da série "Friends", foi condenado a 30 meses de prisão nessa quarta-feira (3) em um tribunal de Los Angeles.
Ele é o primeiro dos cinco réus acusados pela morte do astro, ocorrida em outubro de 2023, a ser condenado.
Os demais acusados na conspiração para fornecer ilegalmente cetamina ao ator — outro médico, o assistente pessoal de Perry, uma traficante apelidada de "Rainha da Cetamina" e um intermediário — deverão ser sentenciados entre 10 de dezembro e 14 de janeiro.
Plasencia — conhecido como "Dr. P." pelo próprio Perry — declarou-se culpado em julho. A promotoria havia solicitado uma pena de três anos, argumentando que o médico "explorou a vulnerabilidade de Perry para obter lucro". Já a defesa pediu a punição mínima, ressaltando que o réu perdeu a licença médica e encerrou sua clínica no bairro nobre de Malibu.
Em uma carta enviada ao juiz responsável pelo caso, familiares de Perry expressaram indignação e dor. A mãe do ator, Suzanne, e seu marido, Keith Morrison, escreveram: "Ninguém no mundo poderia ignorar as dificuldades de Matthew. Este médico conspirou para desafiar seus deveres mais importantes, explorando a vulnerabilidade de nosso filho, encontrando-se com ele secretamente no meio da noite. Para quê? Por alguns milhares de dólares?".
Por sua vez, o pai de Perry, John, e sua esposa, Debbie, também questionaram a conduta do médico: "Para se livrar do vício, ele precisava do seu NÃO. Por quanto tempo você continuaria prescrevendo medicamentos para ele antes de vê-lo morrer? Quantas outras pessoas você prejudicou?".
O ator de 54 anos foi encontrado morto em outubro de 2023 na jacuzzi de sua mansão em Pacific Palisades. A autópsia revelou altos níveis de cetamina, um anestésico potente, desencadeando uma investigação pelo Ministério Público de Los Angeles.
A morte de Perry provocou comoção mundial e reacendeu debates sobre o uso indevido de medicamentos controlados e a responsabilidade ética de profissionais da saúde.
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