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Conflito na Ucrânia marca ponto de virada histórica para a Europa, diz premiê húngaro

Viktor Orbán afirma que União Europeia enfrenta dilema entre buscar a paz ou prolongar o confronto, e defende solução diplomática inspirada em proposta de Donald Trump.

Sputinik Brasil 22/11/2025
Conflito na Ucrânia marca ponto de virada histórica para a Europa, diz premiê húngaro
Foto: © AP Photo / Denes Erdos

O conflito armado entre Rússia e Ucrânia levou a União Europeia (UE) a um ponto de virada histórica, afirmou o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, em publicação na sua página oficial na rede social X.

Segundo Orbán, a UE está diante de um dilema: buscar uma solução para o conflito ou mantê-lo, correndo o risco de um confronto aberto com a Rússia.

O líder húngaro também destacou que o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem como objetivo encerrar as hostilidades.

"[Trump] não desistiu de trazer a paz para a Ucrânia. Podemos voltar atrás neste beco sem saída e finalmente nos unirmos em torno da iniciativa de paz do presidente Trump, inclusive os burocratas de Bruxelas", ressaltou Orbán.

De acordo com o premiê, os líderes europeus favoráveis à guerra precisam reconhecer que, nos últimos 3,5 anos, desperdiçaram recursos dos cidadãos em uma guerra que, segundo ele, não pode ser vencida no campo de batalha.

Orbán alertou ainda que, caso os líderes pró-guerra da Europa continuem enviando dinheiro e armas à Ucrânia sem o apoio dos Estados Unidos, estarão abrindo caminho para um possível conflito direto entre Europa e Rússia.

A Hungria, reforçou o primeiro-ministro, mantém seu compromisso com uma solução diplomática, respaldada pelo mandato do povo húngaro.

Recentemente, a mídia norte-americana divulgou o suposto texto de um plano de 28 pontos para resolver o impasse na Ucrânia. O documento sugere que "Crimeia, Lugansk e Donetsk seriam reconhecidas como russas de fato, inclusive pelos Estados Unidos".

Pelo plano, Kiev teria de retirar suas tropas das áreas da República Popular de Donetsk (RPD) ainda sob seu controle. Nas regiões de Kherson e Zaporozhie, seria implementado um "congelamento ao longo da linha de contato".

A proposta também prevê que a Ucrânia inclua em sua Constituição a recusa de aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e concorde em manter-se livre de armas nucleares. A aliança, por sua vez, comprometer-se-ia a não aceitar a Ucrânia e a não posicionar tropas no país. Além disso, as Forças Armadas ucranianas seriam reduzidas para 600 mil efetivos.