Centenas de pessoas, incluindo celebridades, compareceram nesta terça-feira (30), em Paris, no funeral da atriz ítalo-tunisiana Claudia Cardinale, que morreu há uma semana aos 87 anos.

A cerimônia de despedida foi realizada na Igreja de Saint-Roch, na Rue Saint-Honoré, no 1º arrondissement, onde o caixão da diva do cinema italiano e mundial foi recebido sob aplausos da multidão e ao som da trilha do clássico "Era um vez no Oeste", composta pelo italiano Ennio Morricone.

Cardinale estrelou o longa de Sergio Leone em 1968, ao lado de Charles Bronson e Henry Fonda.

Além dos fãs, muitas personalidades, como os atores Yvan Attal e Nicolas Bedos e o jornalista Nikos Aliagas, e políticos prestaram a última homenagem a ela.

Agora, uma missa será celebrada nesta quarta-feira (1º) em Nemours, cidade de Seine-et-Marne onde a atriz morava com a filha e faleceu.

A cremação acontecerá no dia seguinte, em um ambiente familiar privativo.

A família da artista explicou ainda que, "para Claudia Cardinale, a arte era um meio de mudar o mundo" e é por isso que ela criou uma fundação que leva seu nome. Portanto, todos que quiserem "homenageá-la podem contribuir para o seu compromisso com uma doação" no site oficial da instituição.

Famosa por seus papéis em "O Leopardo" (1963), "Oito e Meio" (1963) e "Era Uma Vez no Oeste" (1968), a artista atuou ao lado dos atores e diretores mais prestigiados de sua época, entre eles Alain Delon, Rock Hudson, Federico Fellini, Sergio Leone e Jean-Paul Belmondo.

Natural de Túnis, na Tunísia, Cardinale ganhou diversos prêmios pela sua carreira, entre eles cinco David di Donatello, três Globos de Ouro, um Leão de Ouro e um Urso de Ouro.

A atriz era considerada por muitos como uma das mulheres mais bonitas da história da sétima arte e, ao longo de sua carreira, tornou-se embaixadora da Boa Vontade da Organização das Nações Unidas (ONU) para os direitos das mulheres.

"Como de costume, minha mãe acolheu sua partida como um trem em movimento", disse a filha de Cardinale, Claudia, que agradeceu à Tunísia por organizar uma missa em La Goulette, Túnis, onde sua mãe nasceu em 15 de abril de 1938.