Variedades
‘Vermelho Sol’ une tensão e violência
Prepare-se para 10 ou 15 minutos de rara tensão, ou mal-estar. A abertura de Vermelho Sol dá o tom do longa do argentino Benjamin Naishtat, que passa nesta terça, 10, às 18h20, no Telecine Cult. Para ser exato, são duas cenas – a multidão de pessoas de bem que saqueia uma casa como se não houvesse nada de errado com esse comportamento. Segue-se outra cena, num restaurante.
Uma provocação entre dois homens dá início a uma escalada de agressão verbal e até física. O ano é 1975, a Argentina está num período entre ditaduras. Em nenhum momento fala-se nos militares no poder, nem na repressão. Naishtat escolheu filmar a ditadura sem evocá-la. Mas os signos estão todos ali, inquietantes. O que representam o eclipse do sol, a arma no vestiário, o show de mágica?
Na trama de Vermelho Sol, Dario Grandinetti é advogado respeitado. Envolve-se na confusão no restaurante. Tempos depois aparece na comunidade um investigador vindo da cidade grande. É interpretado pelo chileno Alfredo Castro, que busca saber o que houve com o cara que brigou com Dario no restaurante.
A partir daí, desmonta-se a normalidade. Cadáveres no deserto. Uma violência que expõe o mal-estar do mundo – da ditadura. Quem é, afinal, esse advogado? É um filme forte e os atores são excepcionais.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Autor: Luiz Carlos Merten
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