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Polícia afirma que homem morto na Maré estava armado e em bunker do tráfico; família contesta versão

Segundo a Polícia Civil, Bruno Paixão morreu após confronto com agentes e portava uma pistola. Parentes negam envolvimento com o tráfico e dizem que ele era vendedor de queijos.

Agência O Globo - 27/11/2025
Polícia afirma que homem morto na Maré estava armado e em bunker do tráfico; família contesta versão
- Foto: Reprodução / Agência Brasil

A Polícia Civil do Rio divulgou nesta quinta-feira um vídeo afirmando que Bruno Paixão, de 36 anos, estaria envolvido com o tráfico de drogas e "coordenava um bunker de observação armada" dos criminosos, localizado ao lado de uma creche. De acordo com a corporação, ele morreu após um confronto com agentes e, em sua posse, foi encontrada uma pistola. A família de Bruno nega qualquer vínculo dele com o tráfico.

Em publicação nas redes sociais da Polícia Civil, um narrador afirma que Bruno Paixão estava em uma base de observação, acompanhado de homens armados, orientando criminosos a fugirem. As imagens divulgadas, no entanto, não permitem identificar o rosto da pessoa apontada como Bruno. Segundo a polícia, ele teria sido baleado durante o confronto ao tentar fugir em uma kombi.

Em entrevista ao RJ2, familiares reiteraram que Bruno não tinha envolvimento com o tráfico. "Ele estava a caminho do trabalho, tinha acabado de deixar os materiais e estava entrando na kombi para seguir com o serviço dele. Que bandido seria esse que está em uma kombi cheia de mercadoria? Só queremos justiça, meu tio Bruno era trabalhador, ajudava a mãe com cesta básica. Agora, cadê o Bruno para ajudar?", afirmou a sobrinha Ana Beatriz.

Imagens que circulam nas redes sociais mostram a kombi branca com o para-brisa perfurado por diversos tiros. Em outro vídeo, enviado à família por moradores, o veículo aparece parado em uma das ruas da localidade conhecida como "Marrocos", na Vila do Pinheiro, próximo a um blindado policial. Ao lado do carro, o corpo de um homem está estendido no chão.