RJ em Foco
Grupo que movimentou R$ 22 milhões com fraudes em pensões e aposentadorias na UFRJ é alvo de operação da PF
Transações feitas por meio de fraudes bancárias e de lavagem de dinheiro movimentaram a quantia no período de três anos. Até o momento, quatro pessoas foram presas
A Polícia Federal deflagrou uma ação, na manhã desta quinta-feira, contra um grupo que movimentou cerca de R$ 22 milhões entre janeiro de 2022 e dezembro de 2024, segundo investigações. A Operação Capgras tem como objetivo apurar a prática de falsificação de documentos, estelionato contra ente público federal, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Segundo a PF, o grupo cometia fraudes para desviar pensões e benefícios de servidores falecidos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), dentre eles, vários ex-professores da instituição.
'Japinha do CV':
133 presos:
Foram expedidos cinco mandados de prisão preventiva e 23 mandados de busca e apreensão em residências de investigados. Até as 11h30, a PF prendeu quatro pessoas e apreendeu cerca de R$ 300 mil em espécie, oito veículos de luxo, joias, relógios de luxo, cofres, máquina de contar dinheiro, dezenas de celulares e de computadores, além de arquivos, planilhas, documentos e anotações. Os investigadores ainda requereram o sequestro de bens no valor de R$ 18 milhões.
Durante as investigações ainda foram identificadas fraudes como golpes bancários e em benefícios previdenciários. O grupo agia através de um complexo esquema de movimentações financeiras de grandes quantias, isto através "de laranjas e empresas de fachada para ocultar a origem e o destino dos valores arrecadados ilegalmente", destaca a PF. Para isso, os investigados utilizavam documentação fraudulenta, em que se passavam por familiares de ex-professores da instituição.
‘Nenhum bandido importante no Brasil mora em uma favela’,
"Também foram revelados indícios de que parte dos recursos obtidos podem ter sido direcionados a pessoas ligadas à cúpula de uma das maiores facções criminosas atuantes no estado do Rio de Janeiro", afirma a polícia. O grupo é o Comando Vermelho (CV), segundo o g1.
A Polícia Federal afirma que as investigações que resultaram na Operação Capgras tiveram início a partir de notícia-crime encaminhada por um pensionista da UFRJ, após identificar que haviam habilitado outro beneficiário em sua pensão. Para isso, com uso de um documento falso, uma pessoa se passou como sendo um filho da vítima, para dividir o valor recebido. "Posteriormente, a própria Universidade iniciou uma auditoria, na qual foram identificados inúmeros casos semelhantes envolvendo outros pensionistas", afirma a PF. Procurada, a UFRJ não retornou até a publicação desta matéria.
Segundo as investigações, é estimado um prejuízo de R$ 1,2 milhão para a instituição, e a "PF não descarta a hipótese de que outros órgãos públicos tenham sido vítimas da organização".
A busca por corpos na mata da Vacaria:
Os mandados judiciais são cumpridos no estado do Rio de Janeiro, em endereços da capital na Barra da Tijuca, no Recreio dos Bandeirantes, na Piedade, em Inhoaíba e em Senador Camará; e nas cidades de Nova Iguaçu, Nilópolis e Mangaratiba, além de Mogi das Cruzes, em São Paulo.
Os investigados poderão responder pelos crimes de falsificação de documento público, estelionato, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As apurações foram coordenadas pela Unidade de Investigações Sensíveis da Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários (UIS/DELEFAZ/PF/RJ), com o apoio do Núcleo de Identificação da PF no Rio de Janeiro (NID/PF/RJ).
Após operação no Rio,
Quem são os mortos e presos?
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