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Sargento do Bope morreu no mês do aniversário da filha pequena; 'a ficha ainda não caiu', diz viúva
Heber Carvalho da Fonseca, de 39 anos, era casado e pai de uma menina. Ele foi um dos quatro policiais mortos na megaoperação nos complexos da Penha e do Alemão
A esposa do 3º sargento Heber Carvalho da Fonseca, de 39 anos, fez um desabafo comovente nas redes sociais nesta quarta-feira, um dia após a morte do marido durante a megaoperação das polícias Civil e Militar nos complexos da Penha e do Alemão, na Zona Norte do Rio. O lamento foi publicado no mês em que a filha pequena do casal comemora aniversário.
“Outubro, mês do aniversário da minha filha. E para o resto da vida ela vai lembrar do paizinho dela", escreveu.
A publicação reflete a dor e o orgulho de quem acompanhava de perto a rotina de um policial de elite. Cleiton era lotado no Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e estava há 17 anos na corporação. Era conhecido entre os colegas pela seriedade e pela lealdade à tropa.
Em outro trecho da mensagem, a esposa recorda uma fala que o marido repetia sempre que um companheiro de farda morria em serviço:
“Ele dizia que tinha uma senha em suas mãos, toda vez que perdia um colega. Que o dia que acontecesse com ele, iria fazendo o que mais amava. E a gente nunca acredita, esse dia chegou. Não consigo explicar essa dor.”
Ela encerra o desabafo dizendo que ainda tenta assimilar o que aconteceu:
“Hoje será um dia muito difícil, a ficha ainda não caiu. Te amamos para sempre, Be".
O 3º sargento Heber Carvalho da Fonseca e o colega de tropa Cleiton Serafim Gonçalves, também do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), foram atingidos durante confrontos com criminosos do Comando Vermelho (CV). Os dois chegaram a ser levados ao Hospital estadual Getúlio Vargas, mas não resistiram.
Heber, casado e pai de uma menina, tinha 14 anos de corporação e era conhecido pelos colegas pela coragem, disciplina e espírito de equipe. Assim como o companheiro de batalhão, dedicou a vida à atuação no BOPE, participando de operações em áreas de alto risco.
Em nota, o BOPE lamentou as mortes e destacou que os sargentos “dedicaram suas vidas ao cumprimento do dever e deixam um legado de coragem, lealdade e compromisso com a missão policial militar”.
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