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Estado do Rio teve quase 700 casos de idosos desaparecidos no ano passado, segundo o ISP
De acordo com instituto, 65,7% das pessoas com mais de 60 anos sumidas em 2024 eram do sexo masculino, como no caso do professor Antonio Petraglia
O drama da família do professor aposentado da UFRJ Antonio Petraglia, de 70 anos, desde o último dia 12 durante uma caminhada na Urca, Zona Sul do Rio, foi vivido por centenas de famílias no Estado do Rio no ano passado. Segundo dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), 690 idosos foram dados como desaparecidos em 2024, média de um caso registrado na polícia a cada 12 horas. O número representa um aumento de 5% em relação ao ano anterior e foi o maior desde 2014.
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De acordo com o ISP, 65,7% das pessoas com mais de 60 anos desaparecidas em 2024 eram do sexo masculino. Do total de vítimas, 246 tinham entre 70 e 79, faixa etária do professor desaparecido. Outras 95 pessoas sumidas no estado tinham mais de 80 anos. Mais da metade (360) dos casos ocorreu na cidade do Rio.
Câmeras na busca
A Polícia Civil informou que está utilizando câmeras de reconhecimento facial para tentar localizar o professor aposentado. As buscas, que seguem em andamento, também mobilizam o Corpo de Bombeiros, com varreduras terrestres e aéreas em toda a área do Morro da Urca, na costa da Zona Sul do Rio. Além disso, todos os hospitais da cidade também foram avisados.
Antonio Petraglia desapareceu após sair para sua caminhada habitual. Diagnosticado com Alzheimer, o professor costumava fazer passeios curtos por recomendação médica, usando um colar de identificação e um AirTag, dispositivo eletrônico usado para rastrear objetos pessoais. Ele foi visto pela última vez, no domingo, dia 12 de outubro, entrando na pista Cláudio Coutinho, na Urca, por volta das 17h, segundo familiares. O idoso era monitorado por um aplicativo de localização, cujo sinal parou na área da trilha.
Acusados de tentarem
Nos últimos dias, no entanto, a família recebeu novos relatos que indicam que Petraglia possa ter deixado a região. Perfis criados nas redes sociais para ajudar nas buscas reuniram testemunhos de pessoas que afirmam tê-lo visto em diferentes pontos do Rio, como Lapa, Glória e Centro.
Segundo parentes, três religiosas de uma ONG que distribui refeições a pessoas em situação de vulnerabilidade afirmaram ter visto o professor almoçando na última quinta-feira, na Lapa. Amigos próximos contam que na juventude o idoso chegou a morar na Avenida Mem de Sá, umas das ruas principais da Lapa.
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