RJ em Foco
'Ele me pedia ajuda e a PM não me deixou ajudar', diz missionária irmã de pastor morto no Chapadão
Família de Eduardo Oliveira dos Santos contesta versão sobre confronto; PM faz nova operação na comunidade nesta terça-feira
Parentes do pastor e pintor Eduardo Oliveira dos Santos, de 45 anos, , na Zona Norte do Rio, falaram sobre o momento em que ele foi atingido. Em entrevista por telefone, a irmã dele, a missionária Tatiana dos Santos afirmou ter sido impedida por PMs de socorrer o religioso.
Outubro mais frio da década:
Bando faturou R$ 25 milhões em três anos:
— Os tiros vinham de baixo. Meu irmão pedia minha ajuda e os PMs não me deixavam ajudar — contou, emocionada.
Segundo ela, Santos morava na comunidade, a cerca de cinco minutos do local onde foi baleado. Ele deixa três filhos, de 12, 14 e 18 anos.
Mas moradores temem retorno:
— Meu irmão tinha ido de bicicleta até minha casa para dar um abraço. A única coisa que ele estava segurando era a bicicleta. Confundiram a bicicleta com um fuzil? — perguntou Tatiana.
Segundo Tatiana, o irmão realizava serviços de pintura em um oficina perto de sua casa, quando a viu e decidiu passar para “dar um abraço” nela e na mãe — as duas moram juntas. No entanto, foi surpreendido por um tiro nas costas.
Operação Caça-Fios:
Um vídeo que circula em redes sociais mostra o desespero das pessoas e o pastor caído no chão, de bruços. Ele é carregado por um grupo de pessoas. Santos chegou a ser levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ricardo de Albuquerque, mas chegou morto ao local.
Dificuldade para chegar ao IML
O corpo do pastor foi transferido para o Instituto Médico-Legal (IML). Parentes tiveram dificuldade de chegar ao local para fazer a liberação, segundo eles, por causa de uma operação do 41ª BPM (Irajá), deflagrada no início da manhã desta terça-feira.
Jogos, banheiras de gelo e treinos em pequenos grupos:
Vídeos divulgados pela PM mostram barricadas em chamas nas ruas do conjunto de favelas. Por causa da operação, 12 escolas municipais e uma unidade de saúde da região suspenderam as atividades.
O comando do batalhão de Irajá instaurou um procedimento para apurar as circunstâncias da morte. Já a Polícia Civil informou que o caso foi inicialmente registrado na 31ª DP (Ricardo de Albuquerque) e será encaminhado à Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). “Diligências estão em andamento para apurar os fatos”, disse a corporação, em nota.
Na tarde de segunda-feira, parentes e amigos de Eduardo fizeram um protesto na Avenida Chrisóstomo Pimentel de Oliveira, na Pavuna. Durante a manifestação, três ônibus tiveram as chaves retiradas por criminosos e foram usados como barricadas na via.
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