O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, celebrou o envio ao Congresso Nacional dos projetos de lei que propõem a criação da Universidade Federal do Esporte e da Universidade Federal Indígena. As duas instituições terão suas sedes em Brasília, mas contarão com centros de atuação em outras regiões do país.

Lula afirmou que as negociações para definir os locais de instalação das universidades estão avançadas, restando apenas "uma conversinha" para a decisão final. O presidente manifestou o desejo de inaugurar as duas instituições já no próximo ano.

Durante a cerimônia de assinatura da mensagem de envio dos projetos de lei, Lula destacou a importância das ações voltadas tanto aos atletas quanto aos povos indígenas. Segundo ele, a criação da universidade indígena "é necessária para dar um direito que nunca deveria ter sido tirado" dos povos originários.

Lula também ressaltou o papel do Estado no apoio aos atletas e às comunidades indígenas. Ele afirmou que, ao demarcar terras indígenas, o Estado deve garantir condições dignas de vida para essas populações. O presidente ainda pontuou que, embora a iniciativa privada seja "boa", ela "só entra no jogo para ganhar" com os atletas, diferentemente do setor público, que atua sem esperar retorno imediato.

"Não me permito levantar um dia achando que tem uma coisa difícil. O que é difícil é um desafio para tentar fazer. É mais fácil dizer não, no governo também é assim. A cada coisa que você precisa, aparece um burocrata para dizer não, o estatuto não deixa, a lei não deixa, a portaria não deixa, o tribunal de contas não deixa. O País foi feito para não deixar, e eu vim para não deixar e vim para fazer o que tem que ser feito", declarou Lula.

A Universidade Federal do Esporte terá centros de excelência distribuídos pelas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul, além da sede no Distrito Federal. A instituição oferecerá cursos como técnico de futebol e gestão do esporte, com 3.000 vagas disponíveis e duração de quatro semestres.

Já a Universidade Federal Indígena contará com cursos em áreas como gestão ambiental e territorial, gestão de políticas públicas, sustentabilidade socioambiental e promoção das línguas indígenas. A definição dos cursos em ambas as universidades dependerá da aprovação dos projetos de lei pelo Congresso Nacional.