Política

Plínio Valério destaca que autonomia do Banco Central foi decisiva para intervenção no Banco Master

Senador ressalta papel do Legislativo na aprovação da autonomia do BC e critica relação do Judiciário com o banco liquidado

26/11/2025
Plínio Valério destaca que autonomia do Banco Central foi decisiva para intervenção no Banco Master
Plínio Valério (PSDB-AM). - Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

Em pronunciamento nesta quarta-feira (26), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) afirmou que a autonomia do Banco Central foi fundamental para a decisão de liquidar o Banco Master. O parlamentar enfatizou que essa independência foi garantida pelo Poder Legislativo, após a aprovação de um projeto de lei de sua autoria.

Plínio lembrou que, antes da liquidação, o Banco Master enfrentava dificuldades e buscava vender seu controle ao Banco de Brasília (BRB).

— O que soou como o maior sinal de alerta foi a tentativa de vender o Master, ou ao menos a sua parcela principal, a um banco estatal (...). Quem foi que barrou essa operação? (...) Quem barrou foi o Banco Central — destacou o senador, reforçando a importância da autonomia da instituição.

O senador ressaltou que a atuação do Congresso Nacional foi crucial para o processo, ao aprovar em 2021 o projeto de lei PLP 19/2019, de sua autoria, que resultou na Lei Complementar 179, conferindo autonomia ao Banco Central.

— [Lembrar isso é importante] para quem não sabe. É sempre bom lembrar, porque a gente ouve muito dizer assim: 'Ah, não precisa do Legislativo, não precisa do Senado, da Câmara Federal. Não fazem nada'. Mas é preciso acreditar no Parlamento; é preciso acreditar no Legislativo — enfatizou Plínio.

Na ocasião, o senador também criticou o Poder Judiciário, alegando que, em três oportunidades, o fundador do Banco Master, Daniel Vorcaro, participou de eventos no exterior com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Plínio ainda destacou que Ricardo Lewandowski, ex-ministro do STF e atual ministro da Justiça, já atuou como consultor do Banco Master.

— Olha só: quem mais estupra a democracia é exatamente o Supremo Tribunal Federal — protestou o senador.

Por Bruno Augusto, sob supervisão de Patrícia Oliveira