Política

Flávio Bolsonaro critica divulgação de vídeo da tornozeleira e acusa Moraes de ignorar provas

Senador afirma que ex-presidente foi humilhado com imagens e reforça foco da direita em aprovar anistia para presos de 8 de janeiro

24/11/2025
Flávio Bolsonaro critica divulgação de vídeo da tornozeleira e acusa Moraes de ignorar provas
Flávio Bolsonaro (PL-RJ). - Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) criticou a divulgação do vídeo que mostra a tornozeleira eletrônica violada de Jair Bolsonaro, atualmente preso na sede da Polícia Federal (PF). A declaração foi feita após uma reunião do Partido Liberal (PL) nesta segunda-feira, 24.

Segundo Flávio, seu pai foi humilhado com a exposição das imagens. O senador também afirmou que o ex-presidente estava sob efeito de medicamentos, o que explicaria o tom de voz apresentado no vídeo. Além disso, Flávio acusou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de "ignorar provas" relacionadas ao caso.

Durante o pronunciamento, Flávio Bolsonaro comentou o cenário político para 2026 e reforçou que não será candidato à Presidência da República. Ele ressaltou que qualquer decisão sobre candidaturas será tomada somente após o posicionamento de Jair Bolsonaro.

O senador afirmou ainda que o principal objetivo da direita, neste momento, é aprovar a anistia para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Flávio destacou que a oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pretende retomar o projeto de lei que prevê anistia para os presos desses eventos.

O projeto, relatado por Paulinho da Força (Solidariedade-SP), tem avançado para uma proposta de redução de pena, e não para uma anistia total e irrestrita. Flávio Bolsonaro ressaltou que o relator pode sugerir uma anistia parcial, mas afirmou que não trabalha com essa possibilidade.

Após a reunião do PL, o líder do partido na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), anunciou que o projeto da anistia será votado nesta terça-feira, 25, na Câmara dos Deputados.

A reunião ocorreu três dias após o ex-presidente Jair Bolsonaro ser preso por violar a tornozeleira eletrônica durante a prisão domiciliar.