Política
Após declaração de Motta, Lindbergh classifica ações do presidente como 'imaturas'
Líder do PT na Câmara rebate críticas, aponta postura equivocada de Hugo Motta e minimiza impacto do rompimento na bancada
O líder do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), rebateu as declarações do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre o rompimento com o PT e criticou a condução de projetos legislativos sob o comando de Motta.
"Considero imatura a posição do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. Política não se faz como clube de amigos. Minhas posições políticas são transparentes e previsíveis", afirmou Lindbergh.
O petista ressaltou que sempre atuou de forma clara e coerente, ao contrário de Motta, a quem atribuiu decisões tomadas de maneira reservada e equivocada, citando episódios como a derrubada do IOF, a PEC da Blindagem e a escolha do deputado Guilherme Derrite como relator de projeto do Executivo.
"Se há uma crise de confiança na relação entre o governo e o presidente da Câmara, isso tem mais a ver com as escolhas que o próprio Hugo Motta tem feito. Ele que assuma as responsabilidades por suas ações e não venha debitar isso na minha atuação como líder da Bancada do PT", concluiu Lindbergh.
O desentendimento ganhou força após Motta declarar, em entrevista à Folha de S.Paulo, que havia rompido relações com o PT e não mantinha mais interesse em contato com Lindbergh Farias. A decisão foi confirmada por aliados do presidente da Câmara ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.
A crise já se desenrolava nas últimas semanas, com episódios de tensão durante a tramitação do chamado "PL Antifacção". Relatos apontam que Lindbergh teria causado "mal-estar desnecessário", levando Motta a reagir com firmeza durante reunião de líderes, ao considerar que o petista estaria "atacando a Câmara".
Auxiliares da bancada do PT, entretanto, minimizam o impacto do rompimento, lembrando que Lindbergh permanecerá na liderança por pouco tempo. A partir do início do próximo ano, o deputado Pedro Uczai (PT-SC) assumirá o posto.
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