Política

Eduardo Gomes diz que Senado tem até três semanas para votar Orçamento

Vice-presidente do Senado destaca calendário apertado e desafios para aprovação de projetos antes do ano eleitoral

24/11/2025
Eduardo Gomes diz que Senado tem até três semanas para votar Orçamento
Eduardo Gomes - Foto: Pedro França/Agência Senado

O primeiro vice-presidente do Senado, Eduardo Gomes (PL-TO), afirmou nesta segunda-feira (24) que o Senado tem de duas a três semanas para votar o Orçamento e outros projetos já aprovados pela Câmara, como o projeto Antifacção.

"O ano não foi, do ponto de vista legislativo, de muita produtividade e sintonia. Acho que vai votar a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento tudo junto. Ficou muito, muito apertado o calendário", declarou Gomes, durante evento do Lide, em Roma.

O senador destacou ainda que 2026 deve manter o cenário desafiador, por se tratar de ano eleitoral. "Dificilmente você verá pautas muito complicadas sendo votadas de maneira tranquila. Tudo o que for feito a partir de agora tem efeito no ano que vem, justamente o ano eleitoral", pontuou.

Questionado sobre o clima de tensão entre o presidente da Câmara, Hugo Motta, e o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias, Gomes reconheceu o momento delicado. "Nesse momento a coisa ficou tensa e o período pré-eleitoral costuma ser difícil, porque há pouco tempo disponível para muita matéria fundamental", avaliou.

"É só observar: quando as coisas avançaram, foi porque havia um clima mínimo de harmonia e respeito entre os presidentes da Câmara, do Senado e do Executivo", acrescentou.

Prisão de Bolsonaro

Sobre a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro, Gomes afirmou que a oposição está abalada e que não havia risco de fuga. "Mas temos esperança de que isso se resolva", disse, ressaltando que aguarda as próximas reuniões de líderes para avaliar "o que é possível fazer nesse curto período de tempo".

Indicação de Jorge Messias ao STF

Em relação à indicação de Jorge Messias, feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), o senador afirmou que ainda não é possível prever se ele será aprovado pelo Senado. "Só vamos poder dar uma opinião mais clara depois que sentirmos esse ambiente", concluiu.

*A repórter viajou a convite do Lide