Política

Homem é agredido após criticar Bolsonaro durante vigília em frente ao condomínio do ex-presidente

Evangélico discursou sobre a pandemia e pediu responsabilização de Bolsonaro; foi retirado do ato com empurrões e pontapés, apesar do apelo de Flávio Bolsonaro por calma

22/11/2025
Homem é agredido após criticar Bolsonaro durante vigília em frente ao condomínio do ex-presidente
Homem foi agredido ao discursar contra Bolsonaro - Foto: Reprodução

Um homem foi agredido durante a vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em frente ao condomínio onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cumpre prisão domiciliar, na noite deste sábado, 22.

Identificado como Ismael Lopes e evangélico, o homem pediu para discursar e foi autorizado pelo filho do ex-presidente. Com o microfone em mãos e ao lado de Flávio Bolsonaro, ele afirmou que o ex-presidente deveria ser responsabilizado por ter, segundo ele, "aberto 700 mil covas durante a pandemia de covid-19".

"Temos orado para que aqueles que abrem covas caiam nelas. Não mortos, porque não é isso que a gente deseja. A gente quer que sejam julgados e condenados pelo mal que fizeram. Como o seu pai, que abriu 700 mil covas durante a pandemia. Que seja julgado com o devido processo legal, tenha seu direito de defesa, mas seja condenado e responda pelo crime que cometeu, assim como todos os aliados que compuseram essa horda de mal", declarou Ismael Lopes.

Ao perceber a reação dos apoiadores, Flávio Bolsonaro sinalizou para que não avançassem sobre o homem. Ainda assim, Ismael teve o microfone retirado à força e foi empurrado para fora do grupo, recebendo pontapés enquanto era afastado da aglomeração.

A vigília foi citada na decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão preventiva de Jair Bolsonaro. Convocado na sexta-feira, 21, o ato foi apresentado por Flávio Bolsonaro como um encontro religioso para orações pela saúde do ex-presidente e pela democracia.

Para Moraes, no entanto, a manifestação tinha como objetivo dificultar a fiscalização das medidas cautelares e da prisão domiciliar de Bolsonaro.