O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou neste sábado (22) que considera 'justo' que condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro tentem fugir de suas penas. Segundo ele, as condenações seriam injustas e, por isso, a fuga seria compreensível.

"É justo todas as pessoas do 8 de janeiro, o deputado Alexandre Ramagem, se for realmente essa a intenção dele ao ir para os Estados Unidos, fugirem de uma pena injusta. Quando um bandido comete um crime e vai para a cadeia, isso é quase como se fosse um acidente de trabalho, ele sabe que estava incorrendo naquele risco ao cometer atividade delituosa. Outra coisa é a cabeça de alguém que não cometeu crime algum", declarou Eduardo em entrevista à CNN Brasil.

A declaração ocorre após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pai do deputado, ter sido preso preventivamente por violar a tornozeleira eletrônica.

Eduardo Bolsonaro afirmou desconhecer conversas sobre pedido de asilo político ao ex-presidente e negou ter contatado integrantes da Casa Branca sobre a prisão. O deputado também acusou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de praticar "tortura psicológica" contra Bolsonaro e defendeu que haja pressão internacional pela soltura do ex-presidente.

O parlamentar ainda afirmou que uma eleição em 2026 sem representantes da família Bolsonaro seria um sinal de ausência de democracia no país. "Se for um cenário sem Eduardo, Flávio, Jair, já não há mais democracia. Para mim, tanto faz quem será o presidente de direita, porque, por mais que possa ser visto de direita, não terá poder para agir livremente, em tudo que fizer terá que pedir a bênção do STF", disse.