Política
Advogado de Bolsonaro anuncia recurso contra prisão preventiva decretada pelo STF
Defesa alega perplexidade com decisão, destaca estado de saúde delicado do ex-presidente e questiona fundamentação da medida
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro classificou como "profundamente perplexa" a decisão que determinou sua prisão preventiva, na manhã deste sábado (22). Em nota, o advogado Celso Vilardi informou que Bolsonaro foi detido em casa, utilizava tornozeleira eletrônica e estava sob vigilância de autoridades.
Vilardi destacou que o estado de saúde do ex-presidente "é delicado e sua prisão pode colocar sua vida em risco". Segundo o advogado, a defesa irá apresentar o recurso cabível contra a decisão.
A nota acrescenta ainda que a prisão estaria "calcada em uma vigília de orações", e ressalta: "A Constituição de 1988, com acerto, garante o direito de reunião a todos, em especial para garantir a liberdade religiosa".
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Prisão preventiva
A prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro foi cumprida por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão teve como fundamento a convocação de uma vigília nas imediações da residência onde Bolsonaro cumpria prisão domiciliar, o que, segundo o ministro, poderia gerar tumulto e facilitar uma "eventual tentativa de fuga do réu".
O ministro Alexandre de Moraes informou que o Centro de Integração de Monitoração Integrada do Distrito Federal comunicou uma violação no equipamento de monitoramento eletrônico de Bolsonaro durante a madrugada deste sábado.
"A informação constata a intenção do condenado de romper a tornozeleira eletrônica para garantir êxito em sua fuga, facilitada pela confusão causada pela manifestação convocada por seu filho", pontuou o ministro.
Trama golpista
Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão em processo relacionado ao chamado Núcleo 1 da trama golpista. As penas dos réus envolvidos podem começar a ser executadas nas próximas semanas.
Desde 4 de agosto, o ex-presidente cumpre prisão domiciliar, após descumprimento de medidas cautelares impostas pelo STF. Entre as restrições, estavam o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica, a proibição de acessar embaixadas e consulados, de manter contato com embaixadores e autoridades estrangeiras, e de utilizar redes sociais, direta ou indiretamente, inclusive por meio de terceiros.
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