O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) confirmou nesta quarta-feira, 19, a intenção de recusar o pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para disputar o governo de Minas Gerais em 2026. Pacheco, que almejava uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), foi informado na segunda-feira, 17, que Lula deve indicar o advogado-geral da União, Jorge Messias, para o cargo.

“O presidente disse que tinha tomado uma decisão que seria anunciada em breve e desejava a minha candidatura ao governo do Estado. A conversa dele foi nesse sentido, a minha conversa também nessa que já foi reportada, uma conversa de pessoas civilizadas que se respeitam muito e que se gostam”, declarou Pacheco a jornalistas.

Pacheco reafirmou a intenção de deixar a vida política ao fim de seu mandato como senador, em 2026: “Já havia esse encaminhamento para o qual eu estava me programando, o encerramento da vida pública. É sempre um ciclo. E nós temos uma data de entrada, eu sempre tive uma previsão de data de saída, e essa data está próxima.”

Segundo o senador, a decisão só será oficializada após conversas com lideranças de Minas Gerais, previstas para ocorrer até o fim do ano. “A decisão definitiva disso, até por respeito e deferência, tem que ser tomada com alguns companheiros meus que sempre estiveram ao meu lado, que são deputados federais, deputados estaduais, prefeitos, vereadores, que a gente precisa conversar para poder ter esse alinhamento para que fique tudo bastante esclarecido, sem nenhum tipo de aresta”, explicou.

Perguntado se atuará pela indicação de Messias no Senado, Pacheco respondeu: “Vamos aguardar a indicação. A partir da indicação, a gente faz essa avaliação”.

O nome indicado ao STF precisa passar por sabatina e aprovação do Senado. Tanto o presidente da Casa quanto a maioria dos senadores defendem a escolha de Pacheco. Diante do cenário, há a possibilidade de que a votação fique para 2026, dando tempo ao governo para articular os votos necessários.

Na terça-feira, 18, o senador Davi Alcolumbre (União-AP) demonstrou descontentamento com a provável escolha de Messias: “Tem que esperar a indicação, fazer o quê? Se eu pudesse, eu faria a indicação”, afirmou.