Política
Relator do projeto antifacção no Senado afirma que impasses sobre a PF serão solucionados
Alessandro Vieira destaca busca por consenso e prevê votação do texto ainda este mês, com possíveis alterações a serem analisadas pela Câmara
O senador Alessandro Vieira (MDB-SE), escolhido pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para relatar o Projeto de Lei Antifacção, afirmou nesta quarta-feira, 19, em entrevista à GloboNews, que "os ruídos" envolvendo a Polícia Federal (PF) serão resolvidos no Senado. Vieira ressaltou a importância de se chegar a um texto consensual e avaliou que a versão aprovada na terça-feira, 18, pela Câmara dos Deputados já está muito próxima do que a PF almeja.
"Vamos entregar um texto apto a ser votado no Senado ainda este mês e, com certeza, (com as alterações que serão feitas) deverá voltar à Câmara dos Deputados", adiantou o relator, que também integra a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado.
A Câmara aprovou o PL Antifacção conforme o substitutivo apresentado pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP). Parlamentares da base governista manifestaram insatisfação quanto às atribuições da PF e ao financiamento da corporação. O texto-base foi aprovado por 370 votos a 110, e a redação final recebeu chancela em votação simbólica. A proposta, que institui o Marco Legal do Combate ao Crime Organizado no Brasil, segue agora para análise do Senado, sob relatoria de Vieira.
Após a aprovação, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), destacou que no debate "não existiram heróis e vilões". "Políticos podem fazer valer suas narrativas, mas o verdadeiro vilão é o crime organizado e o herói é o povo brasileiro", afirmou Motta. Segundo ele, a Câmara "faz história" ao entregar uma "resposta dura contra criminosos".
A votação enfrentou resistência da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva, que agora articula mudanças no texto durante a tramitação no Senado, especialmente sobre a destinação dos bens apreendidos do crime para fundos federais. Governistas tentaram adiar a deliberação e retomar a análise do projeto original enviado à Câmara, mas não obtiveram êxito.
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