Em pronunciamento no Plenário nesta terça-feira (18), o senador Izalci Lucas (PL-DF) expressou preocupação com o aumento dos casos de violência contra a mulher no Distrito Federal, destacando que, nos últimos quatro dias, foram registradas três tentativas de feminicídio na região. Segundo o parlamentar, uma mulher sofre violência a cada 12 dias no DF.

Izalci ressaltou que, entre 2022 e 2025, destinou R$ 14 milhões em emendas parlamentares para cursos de capacitação voltados principalmente para mulheres em áreas mais vulneráveis. “Um dos grandes problemas que existem hoje é que muitas mães, muitas mulheres dependem financeiramente do marido. Muitas vezes, elas se sujeitam à violência para proteger as crianças, com medo de se separar e não ter recursos, porque não têm capacitação, não estudaram. Estamos proporcionando, em todas as cidades, cursos de capacitação, seja de confeitaria, cabeleireiro, corte e costura, artesanato e, inclusive, na área rural. E estamos, agora, também oferecendo um curso de inclusão digital voltado para o marketing digital”, explicou.

No debate sobre segurança pública, o senador afirmou que o Distrito Federal possui a melhor polícia do Brasil, mas enfrenta o menor contingente da história. Ele demonstrou preocupação com a transferência de traficantes de alta periculosidade para a prisão de segurança máxima do DF.

“Estamos para chamar 2 mil jovens que fizeram o concurso de 2021. Estamos em 2025, eles foram aprovados, fizeram o curso de capacitação e estão prontos para tomar posse. O governador encaminhou para o governo federal em fevereiro, e vamos votar agora, dia 27, na reunião do Congresso, o PLN [projeto de lei do Congresso] para editar a medida provisória que possibilita chamar esses 2 mil policiais, o que ainda é muito pouco. Em 2009, a lei aprovada neste Congresso, a Lei 12.086, já previa que o DF deveria ter 18 mil policiais militares, 9 mil bombeiros e 9 mil policiais civis. Hoje temos menos da metade”, alertou.

Izalci Lucas enfatizou ainda que a segurança pública não se resolve apenas com armas ou leis. “Só vamos resolver essa questão se investirmos na educação profissional e na educação de modo geral. Se não conseguirmos colocar essas crianças e jovens no mercado de trabalho, a violência não vai acabar, muito pelo contrário”, concluiu.