Política

Lindbergh Farias articula estratégia contra destaque do PL sobre terrorismo no PL Antifacção

Líder do PT afirma que bancada vai mobilizar apoio para barrar inclusão de facções criminosas na Lei Antiterrorismo e critica relatoria de Derrite

17/11/2025
Lindbergh Farias articula estratégia contra destaque do PL sobre terrorismo no PL Antifacção
Deputado Lindbergh Farias - Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ), anunciou nesta segunda-feira (17) uma articulação ampla e a definição de uma estratégia para derrotar o destaque da bancada do Partido Liberal (PL) que tenta incluir facções criminosas na Lei Antiterrorismo, dentro do chamado "PL Antifacção". As declarações foram feitas em coletiva de imprensa na Câmara.

"Quanto ao terrorismo, a gente quer fazer uma articulação ampla para derrotar esse destaque", afirmou Lindbergh. "Eu acho que a gente tem votos para derrotar esse tema do terrorismo. Vamos lutar para isso."

O petista acrescentou que a estratégia será construída em conjunto com partidos do centro para garantir a rejeição do destaque no momento da votação. "O fato é que esse tema do terrorismo é central. A gente vai ter uma estratégia, a construir com partidos do centro, para derrotar esse destaque na hora da votação", declarou.

Lindbergh também afirmou que a bancada do PT está pronta para votar o projeto nesta terça-feira (18), mas reivindicou que o relator, Guilherme Derrite (PP-SP), apresente o seu quinto parecer com antecedência. Segundo o líder do PT, a única solução para a aprovação do projeto seria a troca do relator por um deputado considerado "neutro" e o adiamento da discussão. "Eu continuo com a opinião de que, se o presidente Hugo Motta quisesse corrigir essa confusão toda, essa bagunça, ele conversaria com o relator Derrite, explicaria as motivações, e escolheria outro relator", criticou.

Durante a coletiva, Lindbergh reiterou que os pontos centrais para o governo são a retomada de recursos para fundos da segurança pública e da Polícia Federal, a reintrodução do mecanismo de perdimento extraordinário e a tipificação penal de facção criminosa. Ele também afirmou que "governadores de extrema-direita querem tirar poderes da PF".