Política

Prefeito de Sorocaba é afastado em investigação da PF sobre desvios na Saúde

Rodrigo Manga, do Republicanos, é alvo da segunda fase da Operação Copia e Cola; vice-prefeito assume interinamente enquanto Polícia Federal apura fraudes e lavagem de dinheiro em contratos da Saúde.

06/11/2025
Prefeito de Sorocaba é afastado em investigação da PF sobre desvios na Saúde
- Foto: Reprodução / Instagram

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira, 6, a segunda fase da Operação Copia e Cola, que investiga o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), e aliados por suspeita de desvios de recursos na área da Saúde. Por decisão judicial, Manga foi afastado do cargo por 180 dias.

Em vídeo publicado nas redes sociais, o prefeito afirmou que irá "verificar tudo o que aconteceu".

A prefeitura informou que o vice-prefeito, Fernando Martins da Costa Neto, assumiu a administração municipal "até que os fatos sejam esclarecidos, garantindo a plena continuidade dos serviços públicos".

“A prefeitura de Sorocaba reforça seu compromisso com a transparência e o respeito às decisões judiciais”, diz a nota oficial.

Duas pessoas foram presas preventivamente durante a operação. Além disso, a Polícia Federal realizou buscas em sete endereços ligados aos investigados.

O Tribunal Regional Federal da 3.ª Região (TRF3) determinou o sequestro e a indisponibilidade de bens dos suspeitos, no valor aproximado de R$ 6,5 milhões, além de proibir o contato entre eles.

A investigação apura indícios de fraudes em uma contratação emergencial de organização social para gerir unidades de saúde do município.

O inquérito também investiga possíveis operações de lavagem de dinheiro, como depósitos em espécie, pagamentos de boletos e transações imobiliárias suspeitas.

Segundo a PF, a análise do material apreendido na primeira fase da operação, realizada em 10 de abril de 2025, permitiu identificar novas pessoas físicas e jurídicas supostamente envolvidas no esquema, que agora são alvo desta etapa.

Na primeira fase da Operação Copia e Cola, foram apreendidos R$ 1,7 milhão em dinheiro vivo. A maior parte – R$ 863.854,00 – estava em caixas de papelão encontradas em um carro em São Paulo, veículo pertencente a um pastor apontado como operador financeiro do suposto esquema.

Outra grande quantia, de R$ 646.350,00, foi apreendida em um endereço em Araçoiaba.

Os investigados poderão responder por crimes como corrupção ativa e passiva, peculato, fraude em licitação, lavagem de dinheiro, contratação direta ilegal e organização criminosa.