Política
MP denuncia novamente deputado Binho Galinha, acusado de liderar organização criminosa
Deputado estadual é alvo de nova denúncia do Ministério Público da Bahia por supostamente manter atividades ilícitas mesmo após operação policial e medidas cautelares.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) apresentou nesta sexta-feira, 31, uma nova denúncia contra o deputado estadual Kleber Cristina Escolano de Almeida (PRD), conhecido como Binho Galinha. Segundo o órgão, o parlamentar continuou a comandar uma organização criminosa sediada em Feira de Santana, no interior do estado, mesmo após a deflagração da Operação El Patrón e o recebimento da primeira denúncia contra integrantes do grupo.
De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do MP-BA, Binho Galinha teria mantido suas atividades ilícitas utilizando "laranjas" para movimentar recursos e ocultar bens.
O Ministério Público aponta que, sob o comando do deputado, a organização seguiu praticando crimes como jogos de azar, agiotagem, extorsão e lavagem de dinheiro. Conforme a denúncia, Binho Galinha teria mantido "em funcionamento seus negócios ilícitos, em flagrante desrespeito às medidas cautelares impostas anteriormente".
As investigações indicam ainda que o parlamentar contou com o apoio de auxiliares, de sua companheira Mayana Cerqueira da Silva e de seu filho João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, cuja função seria dificultar o andamento das investigações.
Durante o período investigado, a Polícia Federal interceptou diversas transações financeiras que beneficiavam diretamente Binho Galinha, incluindo valores que somam R$ 160 mil, dos quais R$ 155 mil teriam sido destinados a ele.
A nova denúncia também envolve Mayana Silva, João Guilherme, Cristiano de Oliveira Machado e outros dez integrantes da suposta organização criminosa.
Operação El Patrón
Segundo apurações das operações El Patrón e Estado Anômico, o grupo seria responsável por crimes como lavagem de dinheiro, obstrução da justiça, jogo do bicho, agiotagem, receptação qualificada, comércio ilegal de armas, usurpação de função pública, embaraço a investigações e tráfico de drogas.
Com a deflagração da Operação El Patrón, no início deste mês, o parlamentar se entregou à polícia e segue custodiado em uma Sala de Estado-Maior no Centro de Observação Penal (COP), localizado no Complexo Penitenciário da Mata Escura, em Salvador.
Antes de se apresentar às autoridades, Binho Galinha permaneceu foragido por dois dias, período em que seu filho e sua esposa já haviam sido presos durante a operação.
A prisão do deputado foi determinada com base em entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), mesmo levando em conta o foro privilegiado do parlamentar.
No dia 14 deste mês, onze dias após a prisão, Binho Galinha foi suspenso do Partido Renovação Democrática (PRD), legenda a qual pertence, em razão de sua detenção.
A reportagem procurou a defesa de Binho Galinha, Mayana Silva e João Guilherme, mas, até o fechamento deste texto, não obteve resposta. O canal de comunicação permanece aberto para manifestações.
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