Política

Moraes autoriza visita de Nelson Piquet a Bolsonaro

Ex-piloto de Fórmula 1, deputados e jornalista poderão visitar o ex-presidente em prisão domiciliar; restrições incluem proibição de celulares e registros de imagem.

31/10/2025
Moraes autoriza visita de Nelson Piquet a Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que os deputados federais Alberto Fraga (PL-DF) e Altineu Côrtes (PL-RJ), o jornalista Alexandre Pitolli e o ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet visitem o ex-presidente Jair Bolsonaro em sua residência, no Jardim Botânico, em Brasília. Bolsonaro cumpre prisão domiciliar há dois meses, por decisão do STF.

No mesmo despacho, Moraes negou pela segunda vez o pedido de visita do deputado Gustavo Gayer (PL-GO). Segundo o ministro, Gayer é investigado em um inquérito conexo à ação penal que apura suposta trama golpista, e a autorização violaria a medida cautelar imposta em 17 de julho, que proíbe Bolsonaro de manter contato com réus ou investigados em processos relacionados.

De acordo com a decisão, os deputados Altineu Côrtes e Alberto Fraga poderão visitar Bolsonaro no dia 3 de novembro. As visitas de Nelson Piquet e Alexandre Pitolli estão agendadas para os dias 5 e 6 de novembro, respectivamente.

Ao solicitar a autorização para receber Piquet, amigo de longa data do ex-presidente, a defesa de Bolsonaro destacou a "necessidade de diálogo direto" com o tricampeão de Fórmula 1.

Recentemente, Piquet comemorou seus 73 anos usando uma camiseta com o rosto de Bolsonaro, poucos dias após a decretação da prisão domiciliar do ex-presidente.

Outro visitante autorizado é o jornalista Alexandre Pitolli, da Rádio Auriverde Brasil, sediada em Bauru. Com um canal no YouTube que soma cerca de 2,4 milhões de inscritos, Pitolli ganhou notoriedade por defender Jair Bolsonaro e criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

As visitas deverão ocorrer das 10h às 18h, e os visitantes estão proibidos de usar celulares, tirar fotos ou gravar imagens do ex-presidente, conforme a decisão judicial.

Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, após descumprir medidas cautelares impostas no âmbito de investigação sobre sua suposta atuação, ao lado do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), em ações contra a soberania nacional.